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Macau pede que crianças e adolescentes não vejam série "Squid Game"
Autoridades dizem que a série envolve "violência, sangue, elementos assustadores e valores distorcidos". Vários países europeus já lançaram alertas relativamente ao aumento de violência nos recreios das escolas.
O Governo de Macau apelou a crianças e adolescentes para não verem a série televisiva sul-coreana "Squid Game", "que contém muita violência, sangue, elementos assustadores e valores distorcidos que envolve uma violência horrenda".
As autoridades de educação do antigo território administrado por Portugal avisaram ainda que o fenómeno de imitação de algumas cenas tornou-se uma tendência global e, por essa razão, instou os jovens "a não imitarem a conduta violenta".
"Se crianças e adolescentes virem as partes violentas e sangrentas do drama, serão afetados psicologicamente e poderão mesmo imitar o comportamento violento no drama, e os seus valores distorcidos serão enterrados nos seus corações", lê-se no comunicado.
Vários países europeus, como a Bélgica, o Reino Unido ou a Espanha já lançaram alertas relativamente ao aumento de violência nos recreios das escolas, devido à imitação de algumas cenas da série sul-coreana, disponível na plataforma Netflix e que não é indicada para menores de 16 anos.
As autoridades aconselharam ainda os pais a contactar o seu conselheiro escolar para assistência ou o Centro de Psicologia da Educação e Educação Especial do Gabinete de Educação e Assuntos Juvenis para aconselhamento "se os seus filhos estiverem perturbados ou em sofrimento emocional devido à série dramática em questão".
No domingo, em Portugal, a GNR disse estar "muito atenta ao fenómeno" da série "Squid Game" e aos efeitos que está a ter nos mais novos, sublinhando que vai continuar a reforçar os conselhos junto da comunidade escolar.
O alerta surge em comunicado, no qual a GNR esclarece que, no sábado, uma página não oficial da força de segurança lançou, através das redes sociais, "alguns conselhos e advertências aos pais" relativos à série, que retrata jogos infantis e é um fenómeno de audiências e popularidade, sobretudo entre os mais novos.
Lusa, Renascença | 19 de outubro de 2021
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença