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Tulipeiro da Casa Allen classificado de interesse público
O tulipeiro-da-virgínia dos Jardins da Casa Allen, afeta à Direção Regional de Cultura do Norte, foi oficialmente classificado como árvore de interesse público. A proteção legal, atribuída pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), teve em conta o seu porte, desenho e particular significado paisagístico.
O exemplar da espécie Liriodendron tulipifera L. não passa despercebido nos Jardins da Casa Allen, uma árvore imponente com 7,75 metros de perímetro na base, 31 metros de altura e 29 metros de diâmetro médio da copa.
De acordo com o despacho do ICNF, trata-se de uma árvore monumental e imponente, apresentando “uma arquitetura natural e equilibrada”, uma copa frondosa e com a singularidade de alguns dos seus ramos inferiores descerem até ao solo, crescendo horizontalmente. Ao mesmo tempo, apresenta um elevado valor visual pela sua dimensão, forma e invulgaridade das suas folhas e flores e adiciona valor cénico ao jardim e ao Palacete do Visconde de Villar de Allen.
A Casa Allen, atualmente afeta à Direção Regional de Cultura do Norte, foi mandada construir, nos últimos anos da década de 1920, pelo 3º Visconde de Villar d’Allen para sua residência, coincidindo com uma época em que o Porto assistia ao surgimento de uma série de palacetes, que imprimiram à cidade uma marca burguesa. O projeto para a casa de habitação de Joaquim Ayres de Gouveia Allen, engenheiro de formação e cônsul da Bélgica no Porto, foi concebido pelo arquiteto José Marques da Silva (1869-1947).
A classificação do tulipeiro-da-virgínia tem efeitos deste o dia 14 de outubro, por despacho do ICNF.