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O livro que nos obriga a recordar
Sextante Editora publica Belladonna, de Daša Drndic. Um romance sobre a velhice, a solidão e as cicatrizes deixadas pelo terror do nazismo, para que não caiam no esquecimento.
Belladonna é uma poderosa parábola sobre o envelhecimento e a enfermidade numa Europa onde as atrocidades cometidas no século passado ainda palpitam. Pois, como defende Andreas Ban, o protagonista desta história de Daša Drndic, é precisamente sobre coisas de que não se pode falar que devemos falar. Tal como acontece em Trieste – publicado em 2019 pela Sextante Editora –, a escrita desta autora croata nunca desvia o olhar da realidade, extraindo o belo do grotesco, o humor da crueldade, a luz da escuridão. Aclamada na literatura europeia e com várias obras premiadas, Daša Drndic é considerada uma «historiadora literária», cujas obras entrelaçam ficção e documentos históricos, obrigando-nos a uma reflexão sobre o passado e lançando um alerta para o futuro.
SOBRE O LIVRO
Belladonna
Andreas Ban, psicólogo que já não exerce e escritor que já não escreve, vive sozinho num apartamento austero numa pequena cidade da Croácia. Rodeado por livros, fotografias, resultados de exames médicos, cartas por responder e caixas por abrir, resgata memórias da família, de amigos perdidos, de antigos pacientes, e das suas histórias irremediavelmente entrançadas com a sombra da Segunda Guerra Mundial e do nazismo croata. Vendo-se definhar às mãos da velhice e da doença, apenas o cinismo e a ironia servem de armas a um intelectual marginalizado.
«Belladonna é um romance visionário sobre os demónios de ódio que assombram a Europa – e um aviso de que ainda nos ameaçam.»
Boyd Tonkin, The Arts Desk
«Talvez o mais ambicioso romance do século XXI até à data»
Merve Emre, The New York Review
Ver primeiras páginas
Título: Belladonna
Autor: Daša Drndic
Tradução do inglês: António Pescada
Páginas: 432
PVP: 18,80€
SOBRE A AUTORA
Daša Drndic (1946-2018) nasceu em Zagreb, na atual Croácia, então parte da República Federal da Jugoslávia. Licenciou-se na Universidade de Belgrado, na Sérvia, foi tradutora e professora universitária no Canadá e na Universidade de Rijeka, na Croácia, onde se doutorou. O seu romance Belladonna venceu em 2018 o Prémio Warwick e foi finalista do Prémio Literário do Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento. Em 2019, já postumamente, o jornal britânico The Guardian distinguiu-a como um dos dez nomes a marcar a nova literatura europeia.