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Edição comemorativa do 50.º aniversário d’A Estrutura das Revoluções Científicas

Um dos mais influentes livros de filosofia do último século, A Estrutura das Revoluções Científicas, do físico e historiador da ciência norte-americano Thomas S. Kuhn, estabeleceu um marco para as disciplinas de História, Filosofia e Sociologia. Publicado pela primeira vez na Universidade de Chicago, em 1962, este clássico absoluto da filosofia da ciência está prestes a celebrar meio século.


Data que a Guerra e Paz assinala com uma edição comemorativa que estará disponível na rede livreira nacional a partir de 28 de setembro.

Considerado como um ponto de inflexão na história da filosofia das ciências, A Estrutura das Revoluções Científicas, de Thomas S. Kuhn, põe em causa a assunção generalizada de que todas as mudanças científicas passam por um processo estritamente racional, tese que influenciou não só cientistas das áreas naturais, mas também economistas, historiadores, sociólogos e filósofos, desencadeando um poderoso debate.

A obra comporta três conceitos fundamentais: paradigma, ciência normal e revolução científica. Kuhn diz-nos que o paradigma – termo que aqui se popularizou e que hoje é tão usado, muitas vezes erradamente, em todos os domínios – representa um conjunto de teorias, regras e métodos comummente aceites pela comunidade científica, tendo subjacente uma dada visão do mundo. Ao mudar-se o paradigma, ocorre uma alteração radical da forma como vemos o mundo.

No que à ciência normal diz respeito, o autor afirma que esta traduz a circunstância em que o paradigma tem a sua vigência, sendo a ciência feita de acordo com a visão do mundo comummente aceite naquele momento. Porém, durante o período de vigência do paradigma, podem ocorrer anomalias, que se revelam quando os esquemas explicativos dominantes já não se adequam à realidade. Surge então uma nova fase, que se materializa numa revolução científica.

Cinco décadas depois, a obra, que até hoje vendeu mais de um milhão de exemplares em todo o mundo, é celebrada numa edição comemorativa, trazida a Portugal pela Guerra e Paz. Além do texto integral de Kuhn, a edição conta com um ensaio introdutório do filósofo canadiano Ian Hacking. Para o especialista em filosofia da ciência: «Thomas Kuhn queria mudar o nosso conhecimento das ciências – isto é, das actividades que permitiram à nossa espécie, para o bem e para o mal, dominar o planeta. Conseguiu?o.»

Na contracapa, dá-se a palavra ao filósofo Richard Rorty, que considerou A Estrutura das Revoluções Científicas «o mais influente livro de filosofia em língua inglesa da segunda metade do século xx», e também ao suplemento literário da revista Times, que apontou a obra de Kuhn como uma das 100 «mais influentes desde a Segunda Guerra Mundial».

Um clássico absoluto, A Estrutura das Revoluções Científicas influenciou gerações de investigadores e cientistas e é, ainda hoje, uma referência na filosofia das ciências. A edição comemorativa do 50.º aniversário chega à rede livreira nacional no próximo dia 28 de Setembro e poderá ainda ser encomendada através do site oficial da Guerra e Paz. 
 
A Estrutura das Revoluções Científicas
Thomas S. Kuhn
Não-Ficção / Ciência
264 páginas · 15x23 · 16,50 €
Guerra e Paz Editores
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