"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

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O regresso de António Franco Alexandre

Assírio & Alvim publica versão revista e aumentada de Poemas, com uma parte inédita.


Revisitando a reunião de Poemaslevada a cabo em 1996, incluem-se nesta nova edição revista os poemas publicados por António Franco Alexandre posteriores a essa data (Quatro Caprichos, Uma Fábula, Aniversário, Duende e Aracne), bem como um conjunto de textos nunca antes revelados com o título «Carrocel». A edição e revisão do livro esteve a cargo de Luis Manuel Gaspar, em diálogo com o autor.

Já a luz se apagou do chão do mundo,
deixei de ser mortal a noite inteira;
ofensa grave a minha, que tentei
misturar-me aos duendes na floresta.
De máscara perfeita, e corpo ausente,
a todos enganei, e ninguém nunca
saberia que ainda permaneço
deste lado do tempo onde sou gente.
Não fôra o gesto humano de querer-te
como quem, tendo sede, vê na água
o reflexo da mão que a oferece,
seria folha de árvore ou sério gnomo
absorto no silêncio de uma rima
onde a morte cessasse para sempre.

SOBRE O LIVRO

Título: Poemas
Autor: António Franco Alexandre
Edição: Luis Manuel Gaspar
N.º de Páginas: 616
PVP: 33,00€

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SOBRE O AUTOR

António Franco Alexandre
Nasceu a 17 de junho de 1944, em Viseu. Fez os seus estudos académicos nas áreas de Matemática e Filosofia em França (primeiro, em Toulouse, depois em Paris) e nos EUA (Harvard). Após o seu regresso a Portugal, em 1975, é convidado para professor de Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde lecionou até meados de 2009. Embora se tenha estreado como poeta ainda na década de sessenta, é sobretudo a partir da publicação de Sem Palavras nem Coisas (1974) que a sua obra se afirmou. Uma voz incontornável no nosso panorama literário, são suas algumas das obras mais significativas da poesia portuguesa contemporânea: Os Objectos Principais (1979), A Pequena Face (1983 – Grande Prémio de Poesia do PEN Clube Português), Quatro Caprichos (1999 – Prémio Luís Miguel Nava, Grande Prémio APE de Poesia), Duende (2002 – Prémio D. Dinis e Prémio Correntes d'Escritas), Aracne (2004). 

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