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Teatro Académico de Gil Vicente assinala 60 anos com casa aberta
Estreia nacional de Versão Beta, uma peça do projeto Visões Úteis, marca temporada de setembro a dezembro da sala de espetáculos de Coimbra.
O Teatro Académico de Gil Vicente reabre as portas para a temporada de setembro a dezembro para assinalar o seu sexagésimo aniversário. Inaugurado em 1961, o equipamento que está sob alçada da Universidade de Coimbra lança uma programação que atinge o seu ponto de celebração logo no dia 25 deste mês: é o dia em que o público pode ir além das cadeiras do auditório e entrar em espaços que normalmente são de acesso reservado a pessoal da casa, com a organização de visitas guiadas aos bastidores e a distribuição de material gráfico que marca a história deste teatro de Coimbra.
“Este ciclo foi pensado em relação com a história de 60 anos” do espaço, introduziu o diretor artístico do TAGV, Fernando Matos Oliveira, na conferência de imprensa de apresentação da programação.
A temporada fica ainda marcada pela estreia nacional de Versão Beta, a 27 de outubro, uma criação do projeto Visões Úteis com texto, direção e interpretação de Carlos Costa. O trabalho parte de uma “cassete vídeo de 1984, da leitura de uma obra iniciada em 1995 e de um espetáculo com estreia marcada para 2038 e em preparação desde 2008”, lê-se na programação do TAGV.
Os espetáculos começam já nesta sexta-feira, com o concerto No Feminino, a cargo do Sond’Ar-te Electric Ensemble. Uma semana depois, no dia 24, há novo concerto, desta vez da Orquestra Todos, que junta músicos de várias latitudes.
Outubro começa com Catarina e a Beleza de Matar Fascistas, de Tiago Rodrigues, no dia 2. No dia 9 de outubro, Bate Fado chega finalmente a TAGV. Para criar este espetáculo, a dupla de coreógrafos e bailarinos, Jonas & Lander, esteve em residência artística em Coimbra. A apresentação, que estreou no Festival Dias da Dança, no dia 20 de abril, no Teatro Rivoli, chegou a ter data marcada no TAGV, mas teve que ser adiada, por causa da pandemia.
Na conferência de imprensa, Fernando Matos Oliveira destacou ainda dois colóquios internacionais: um sobre os modos de produção nas artes performativas, que começa no dia 30 de outubro, outro no final de novembro, entre os dias 25 e 27, sobre teatro sobre ciência, que tem na organização a companhia Marionet, que tem trabalhado nessa área.
Nos dias 21 e 22 de outubro, o TAGV serve ainda de palco a Nise, La Tragedia de Inés de Castro, uma peça de teatro com dramaturgia e direcção de Ana Zamora.
Imediatamente antes de, nos dias 3 e 4 de dezembro, fechar a temporada com dois concertos do Festival Coimbra em Blues, a sala de espetáculos recebe ainda Monólogo de Uma Mulher Chamada Maria com a Sua Patroa, de Sara Barros Leitão, nos dias 1 e 2.
Esta é uma programação há muito preparada, referiu o vice-reitor da Universidade de Coimbra para a cultura e ciência aberta, Delfim Leão, embora não tenha sido possível “dar a intensidade pretendida” nos últimos meses por causa da pandemia.
Também presente na conferência de imprensa, o responsável destacou que a capacidade de aliar a produção artística à investigação que é feita nas artes é um aspecto diferenciador do TAGV.
por Camilo Soldado in Público | 15 de setembro de 2021
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público