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Assírio & Alvim publica "Um Falcão no Punho – Diário I"
Título vencedor do Prémio Dom Dinis da Fundação Casa de Mateus de 1985, Um Falcão no Punho – Diário I integra agora a coleção Arrábido / Obras de Maria Gabriela Llansol que a Assírio & Alvim tem vindo a publicar nos últimos anos, com organização e fixação de texto de João Barrento e Maria Etelvina Santos.
«O que se regista neste diário», sublinha António Guerreiro no posfácio do livro, «não é a vida, mas os sinais dela: as suas metamorfoses, o seu devir; não é o sujeito, mas suas linhas de fuga, os seus “movimentos de desterritorialização”». Neste primeiro de três diários, encontramos as referências e obsessões intelectuais de sempre da autora – Pessoa, Bach, Ana de Peñalosa –, mas também o seu mundo terreno – a casa, o marido, as plantas, as rotinas diárias –, no registo fragmentado que a tantos desconcerta e encanta. A presente edição inclui um conjunto de pinturas de Ilda David’, que dialogam com o texto de Maria Gabriela Llansol.
«Decido hoje dividir este Diário não por anos e dias, mas igualmente por números; não é a primeira vez que a minha própria vida me aparece como estranha, ou pertencente ao mundo exterior: um diário pode ser mais objectivo que uma vida pessoal. [...]
Sinto-me atraída para os diários, não escritos actualmente pelo meu próprio punho mas como se eu já estivesse distante, e fosse suposta a minha vida por fragmentos, e em forma de caminho convertido em livro... O Diário é o pano com que se faz a limpeza dos anos... Já que a minha vida é tão isolada, distanciemo-la para a alvura desses diários...» Maria Gabriela Llansol
SOBRE O LIVRO
Título: Um Falcão no Punho – Diário I
Autor: Maria Gabriela Llansol
Posfácio: António Guerreiro
Imagens: Ilda David’
N.º de Páginas: 184
PVP: 17,70€
Coleção: Arrábido / Obras de Maria Gabriela Llansol
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SOBRE A AUTORA
Maria Gabriela Llansol
Nasceu em Lisboa em 1931. É apontada por muitos como um dos nomes mais inovadores e importantes da ficção portuguesa contemporânea. Levando às últimas consequências a criação de um universo pessoal que desde os anos 60 não tem paralelo na literatura portuguesa, a obra de Maria Gabriela Llansol estilhaça as fronteiras entre o que designamos por ficção, diário, poesia, ensaio ou memórias. Faleceu em 2008.