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Mário de Carvalho, o mestre da fina ironia
O homem do turbante verde e outras histórias marca o início das celebrações dos 40 anos de vida literária do premiado autor.
Porto Editora lança O homem do turbante verde e outras histórias, dando assim início à comemoração de quatro décadas dedicadas à escrita. Há muito indisponível no mercado, este livro de Mário de Carvalho abarca dez perturbantes contos. Com este título fica disponível na íntegra, em reedição, toda a produção contista do autor, num percurso iniciado com Contos da Sétima Esfera.
SOBRE O LIVRO
O homem do turbante verde e outras histórias
Uma expedição arqueológica no deserto, o alvoroço de uma troca de reféns e a terra dos Makalueles, numa África irreal. A tropa, a clandestinidade e toda uma juventude empenhada, a braços com os dilemas de um tempo histórico ainda recente. O celacanto, peixe pré-histórico alado, e o Alfa que nunca sai a horas. De permeio, um chochman perdido alhures, a maldita barbárie e os delírios da solidão, em narrativas curtas, cheias de inquietação e susto. E ao fundo, omnipresente, a fina ironia a que Mário de Carvalho já nos habituou.
«A cavalaria nunca se apressa na retirada.»
Mário de Carvalho
Título: O homem do turbante verde e outras histórias
Autor: Mário de Carvalho
Páginas: 160
PVP: 15,50€
Coleção: Obras de Mário de Carvalho
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SOBRE O AUTOR
Mário de Carvalho
Nasceu em Lisboa em 1944. Licenciou-se em Direito e viu o serviço militar interrompido pela prisão. Desde muito cedo ligado aos meios da resistência contra o salazarismo, foi condenado a dois anos de cadeia, tendo de se exilar após cumprir a maior parte da pena. Depois da Revolução dos Cravos, em que se envolveu intensamente, exerceu advocacia em Lisboa. O seu primeiro livro, Contos da Sétima Esfera, causou surpresa pelo inesperado da abordagem ficcional e pela peculiar atmosfera, entre o maravilhoso e o fantástico.
Desde então, tem praticado diversos géneros literários – romance, novela, conto, ensaio e teatro –, percorrendo várias épocas e ambientes, sempre em edições sucessivas. Utiliza uma multiforme mudança de registos, que tanto pode moldar uma narrativa histórica como um romance de atualidade; um tema dolente e sombrio como uma sátira viva e certeira; uma escrita cadenciada e medida como a pulsão de uma prosa endiabrada e surpreendente.
Nas diversas modalidades de Romance, Conto e Teatro, foram-lhe atribuídos os mais prestigiados prémios literários portugueses (designadamente os Grandes Prémios de Romance, Conto e Teatro da APE, o prémio do Pen Clube e o prémio internacional Pégaso). Em 2020, foi distinguido com o Grande Prémio de Crónica e Dispersos Literários, da APE, pela obra O que eu ouvi na barrica das maçãs.
Os seus livros encontram-se traduzidos em várias línguas. Obras como Os Alferes, A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho, Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde, O Varandim seguido de Ocaso em Carvangel, A Liberdade de Pátio ou Epítome de Pecados e Tentações são a comprovação dessa extrema versatilidade.