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"Raízes Brancas": um romance premiado, com um enredo provocador, imaginativo e satírico
Obra da celebrada autora de Rapariga, Mulher, Outra (Ed. Elsinore), vencedor, entre outros prémios, do Booker Prize 2019.
Branca, de cabelos loiros e olhos azuis, Doris é capturada ainda criança e enviada da Europa para o Novo Mundo – uma terra distante e desconhecida, situada do outro lado do mar e de onde ninguém regressa. Tal como tantos outros da sua raça que caem nas malhas titânicas do Comércio de Escravos, Doris despede-se do seu nome, da sua língua, da sua terra.
Após sobreviver muito a custo à terrível travessia da rota transatlântica, resta-lhe ser vendida a uma família negra, rica e poderosa, e adaptar-se a uma nova vida de servidão e a uma cultura que não é a sua. Porém, ao contrário de quem já nasce escravo, a rebatizada Omorenomwara sabe o que é ser livre e sonha todos os dias com a fuga. Quando essa oportunidade finalmente se lhe apresenta, ela não hesita, mesmo sabendo que isso pode significar a morte.
Raízes Brancas, de Bernardine Evaristo (Ed. Elsinore | 288 pp | 17.69€). Primeiros capítulos disponíveis em elsinore.pt.
Um romance provocador e irónico que, ao forjar um mundo às avessas onde os escravos são os europeus e os senhores, os africanos, desconstrói a História e a nossa noção de identidade, não poupando ninguém, nem opressores nem oprimidos.
«Tão humano, tão real. Evaristo reimagina o passado e o presente com um humor e uma inteligência fora do comum.» — The Guardian
«Uma lição dura e turbulenta sobre a natureza arbitrária dos nossos valores culturais. A abolição da escravatura pode ter ocorrido há 150 anos, mas o leitor ainda vai a tempo de se deixar iluminar por este romance provocador.» — The Washington Post
A AUTORA
Bernardine Evaristo nasceu no sudeste de Londres, em 1959, filha de mãe britânica e pai nigeriano. Autora de uma obra que inclui romance, poesia, contos, teatro e crítica literária, a sua escrita é caracterizada pela experimentação, ousadia e subversão na forma e escolha de temas, onde desafia os mitos e preconceitos das várias diásporas africanas e das suas identidades. O seu último romance, Rapariga, Mulher, Outra foi, ex-aequo com Os Testamentos (Ed. Bertrand, 2020), de Margaret Atwood, o vencedor do Booker Prize 2019, e Livro do Ano do British Book Awards 2020.