"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

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Cátedra Lídia Jorge na Universidade de Genebra

A escritora Lídia Jorge, cuja obra é publicada pela Dom Quixote, acaba de ver o seu nome associado à criação de uma Cátedra na Universidade de Genebra, na Suíça, que, na sequência de uma parceria estabelecida com o Instituto Camões, presta assim homenagem a “uma das grandes personalidades da literatura contemporânea em língua portuguesa”.


Integrada na Faculdade de Letras da Universidade de Genebra, a Cátedra Lídia Jorge será oficialmente apresentada naquela Universidade com a realização de um colóquio, nos dias 15 e 16 de Setembro, subordinado ao tema “o poder da imagem na obra de Lídia Jorge”, colóquio esse que contará com a participação da autora de Os Memoráveis.


A Cátedra Lídia Jorge tem como objectivo estimular a promoção e divulgação da língua portuguesa e das culturas de expressão portuguesa que o Centre d’Études Lusophones, da Universidade de Genebra, tem vindo a efectuar desde 2008.

Este é mais um justo reconhecimento da importância da obra de Lídia Jorge, expressa em diferentes géneros literários, admirada e premiada internacionalmente, que a Dom Quixote muito se orgulha de publicar.

Acontece tudo isto numa altura, curiosamente, em que a Dom Quixote se prepara para apresentar a 6.ª Edição de Marido e Outros contos, publicado pela primeira vez em 1997, livro que deu início à sequência dos quatro volumes de contos que Lídia Jorge escreveu até ao momento. É nas páginas deste livro que nos deparamos com alguns dos contos mais difundidos, traduzidos e adaptados da autora, entre eles, A Instrumentalina, A Prova dos Pássaros ou Testemunha.

Ao lermos ou relermos os contos de Lídia Jorge é como sentirmos que eles cumprem aquilo que se pede à Literatura - que se levantem do chão, pelo poder da palavra, os que estão destinados a não ser ninguém. Nesse sentido, como a própria autora tantas vezes o tem dito, "toda a Arte é uma revolta contra a História".

Lídia Jorge estreou-se com a publicação de O Dias dos Prodígios, em 1980, um dos livros mais emblemáticos da literatura portuguesa pós-revolução. Aos seus livros têm sido atribuídos os principais prémios nacionais, alguns deles pelo conjunto da sua obra, como o Prémio da Latinidade, o Grande Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores - Millennium BCP ou o Prémio Vergílio Ferreira. No estrangeiro, entre outros, venceu em 2006 a primeira edição do prestigiado prémio ALBATROS da Fundação Günter Grass e, em 2015, o Grande Prémio Luso-Espanhol de Cultura. O seu mais recente romance, Estuário (2018), recebeu o XXIV Grande Prémio de Literatura dst e foi finalista do Prémio Médicis 2019. Em Todos os Sentidos (2020) venceu o Grande Prémio de Crónica e Dispersos Literários APE/Câmara Municipal de Loulé.

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