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Jonas apresenta novo fado "Jacarandá"
É o segundo avanço do fadista lisboeta, que, paulatinamente, se afirma como uma das vozes mais interessantes da música portuguesa, com as suas composições que encontram a harmonia e o equilíbrio entre os acordes intemporais e o sentimento contemporâneo.
Jonas é coreógrafo, bailarino, performer, cantautor e fadista, num percurso multidisciplinar. Em "São Jorge" revela a sua genialidade como letrista e compositor, não deixando ninguém indiferente à sua visão do mundo.
O tema "Jacarandá" é o resultado de duas frases por completar que Jonas entregou a vários companheiros de vida, «Eu nasci para…» e «Eu vou morrer para…». O resultado foram listas de frases existenciais que colocavam a nu os objetivos de vida e de legado que cada pessoa almejava. Estas listas de frases repletas de vida, de recordações e de desejos dão matéria à composição de "Jacarandá", um tema repleto de memórias do próprio autor mas povoado também por lembranças que se conjugam numa história que podia ser a de um indivíduo, mas no final as histórias tocam-se e por vezes apercebemo-nos de que estamos a viver uma história comum. "Jacarandá" tem desta forma o condão de pertencer de imediato a quem o escuta com ouvidos atentos e delicados.
Depois de "Provérbio ao Contrário", "Jacarandá" é o segundo tema a ser conhecido. Ambos fazem parte do longa duração de estreia, "São Jorge", que será editado no próximo dia 18 de Junho em CD e nas plataformas digitais. Com produção e mentoria a cargo de Jorge Fernando, nome histórico da música portuguesa e, particularmente, incontornável do Fado.
A 8 de julho, o disco "São Jorge" é apresentado ao vivo pela primeira vez, em concerto na Praça Central do Centro Cultural de Belém. Bilhetes à venda nos locais habituais, com lotação limitada e respeitando as recomendações da DGS.
Single "Jacarandá" estreou em vídeo e está já disponível em todas as plataformas digitais
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Letra de "Jacarandá"
À sombra de um jacarandá
Vejo um banquinho rosa e de mansinho
Vou sentar-me nele a pensar na história que sou
Na minha frente passam fotos
Polaroid a sépia e a preto e branco e a cores
A recordar o meu caminho e aonde vou
Revejo as cartas que escrevi
E o gajo que não respondeu
Vejo o cachimbo do avô
De fato escuro e de chapéu
E o chapéu de chuva preso
Na boca de incêndio aberta
Mais os poemas que escrevi
Como presente à dona Berta
E a avó de bata e avental
A cuidar do jardim e das figueiras que
Trepava com a mana já no fim do verão
E na Lagoa a cabana
No pinheiro manso onde aquecia o
Café roubado com os primos à Ti São
E o postal que recebi
De Londres só a dizer sim
Mais o livrinho do Antoine
Que guardo hoje só p’ra mim
As personagens de Lisboa
Estranhas como manda a Lei
Desconhecidas conhecidas
Do outro lado o Cristo Rei
Pergunto aos meus botões
Como será ser velho enrugado
Toda a vida presa às costas lá atrás a ganhar pó
Penso nos netos que vou ter
Se vão gostar do avô ir ao cinema Juntos
Ver a Disney e no medo de estar só
Na encarnação insustentável
A leveza do meu ser
Vidas passadas karma bom e mau
No momento de morrer
Regresso a mim olho pra cima
Jacarandá alto e sereno
Fecho os meus olhos p’ra sentir
O entardecer quente e ameno