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Artista chinês Ai Weiwei cria quatro peças com materiais portugueses

Na Cordoaria Nacional, em Lisboa, abre esta sexta-feira ao público a primeira exposição de Ai Weiwei em Portugal. Há peças que nunca foram mostradas em conjunto.

Uma das representações de Ai Weiwei são barcos dos refugiados em bambu. Foto: Miguel A. Lopes/EPA


É a maior exposição de Ai Weiwei na Europa, garante Álvaro Covões, o promotor de “Rapture”, a mostra que reúne a obra do artista e ativista chinês Ai Weiwei e que abre nesta sexta-feira ao público na Cordoaria Nacional, em Lisboa.

A exposição reúne trabalhos emblemáticos do artista, mas também obras criadas para Portugal.

São mais de quatro mil metros de área expositiva. “Ele nunca tinha feito nada tão grande”, explica Álvaro Covões da promotora Everything is New.

O empresário acrescenta que esta exposição tem uma “curiosidade, algo de muito valor para Portugal”, sublinha.

“Ele fez quatro peças novas para esta exposição, todas com materiais portugueses, com técnicas portuguesas e com artesãos portugueses. Ele vai dar a conhecer ao mundo parte da nossa cultura”, explica Covões.

A exposição mostra também trabalhos dos últimos anos. Exemplo disso são as peças inspiradas nos naufrágios de migrantes no Mar Mediterrâneo.

Álvaro Covões diz que Weiwei apresenta, “por exemplo, os barcos dos refugiados que ele fez tanto no material dos barcos, como em bambu. Vão estar juntos pela primeira vez.”

Muitos dos trabalhos criados pelo artista que vive há anos fora da China “nunca na vida estiveram juntas no mesmo espaço”, sublinha Covões à Renascença.

Com uma carreira iniciado em 1985, Ai Weiwei foi considerado um dos artistas mais relevantes da atualidade.

Trazê-lo a Portugal é, nas palavras do promotor, uma oportunidade. Devido ao quadro de pandemia, a exposição que vai estar patente ao público até 28 de novembro terá limitação nas entradas.

“Pelas regras, só vamos poder ter 250 pessoas de cada vez”, confirma Álvaro Covões. O empresário mostra-se, no entanto, expectante.

“Obviamente temos alguma expetativa que as regras melhorem, porque são as regras dos museus que estão em vigor desde abril de 2020. Não faz sentido.”

Crítico, o empresário da área dos espetáculos aponta: “Acho que é um setor para o qual a Direção-Geral de Saúde e o Governo têm de olhar.”

Mesmo com as restrições, não desistiram de realizar a exposição.

“Esta é uma grande oportunidade de dar a Portugal, e a Lisboa, um conteúdo de reconhecimento internacional que também ajuda a captar turistas para o nosso país, e tanto precisamos”, refere Covões.

A exposição “Rapture”, de Ai Weiwei, pode ser visitada na Cordoaria Nacional das 10h30 às 19h30.


por Maria João Costa in Renascença | 4 de junho de 2021
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença

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