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Perpétua apresentam videoclip do novo single "Perdi a Cor"

Quem diria que perder a cor seria tão dançável? O segundo single de Perpétua, “Perdi a Cor”, fala sobre perda mas de uma forma leve e alegre.


É uma espécie de sambinha que catrapisca os anos 80 da música portuguesa, com uma bateria marcada, um baixo recheado de balanço, uma guitarra funk e sintetizadores revivalistas, embrulhados pelas doces melodias de voz.

“Perdi a Cor” é a brisa de verão e o sol de inverno dos Perpétua. A vontade de tirar ‘o pé do chão’, contrasta com a melancolia da letra, que conta o processo da perda e das múltiplas formas de lidar com ela.

É o lado mais disco da banda da Gafanha da Nazaré, do concelho de Ílhavo. Se em “Condição” os Perpétua mostraram um lugar mais introspetivo, agora mostram uma certa agitação capaz de alegrar quem passou por uma perda e ainda não conseguiu fazer o luto.

Depois de mostrar as raízes com o videoclip da “Condição” nas salinas de Aveiro, o novo videoclip “Perdi a Cor” tenta dar a conhecer a identidade dos Perpétua. Em primeiro lugar, era importante demonstrar aquilo que existe em todo o grupo: a boa disposição. Em segundo lugar, procurou-se um lugar que pudesse ir buscar ambientes retro: com cores vivas e traçados rústicos da portugalidade, misturados com pequenos apontamentos da modernidade.

O videoclip foi gravado na Quinta da Fogueira, localizada na Fogueira, um pequeno lugar de Sangalhos, em Anadia. A Quinta da Fogueira foi recentemente recuperada e, hoje, é uma casa de turismo rural que fica no coração da região vitivinícola da Bairrada. É um espaço com paisagens belíssimas e ótimas para “desligar do mundo” e recarregar baterias.

A realização é de Bernardo Limas e a produção ficou a cargo da Haff Delta. A banda também quis gravar na Quinta da Fogueira para dar a conhecer mais um bonito local do distrito de Aveiro e tentar dar visibilidade ao turismo, um setor também ele fortemente abalado pela pandemia. Quem sabe, a Quinta da Fogueira será também um lugar ideal para uma residência artística para que os artistas possam trabalhar recatados, longe da azáfama das cidades.


DISCO ESPERAR PRA VER 

O álbum Esperar Pra Ver, a editar no próximo dia 26 de março, começou a ser pensado no momento da formação da banda. Com algumas ideias já existentes, era claro que a sonoridade a seguir se situaria no âmbito daquilo a que atualmente se chama música indie. Embora tendo os elementos da banda referências muito distintas, há também artistas em torno dos quais a sua admiração gravita de igual forma, podendo-se destacar bandas como Parcels ou Men I Trust. Ao longo do ano de 2020 foi composto e gravado por todos os membros da banda, produzido, misturado e masterizado pelo Rúben e pelo Xavier, com ajuda à produção da Beatriz e do Diogo.

Estilisticamente encontram-se no álbum expressões de vários subgéneros da música indie. Nas duas primeiras músicas, “Perdi a Cor” e “Manhãs Longas”, é notório um ambiente marcadamente disco que faz lembrar nomes como os já citados Parcels ou a banda francesa L’Impératrice. Aliado a isto nota-se também a influência da música portuguesa dos anos 80, sendo possível encontrar na voz e melodias da Beatriz ecos de algo que podia ter sido cantado pelas Doce ou por António Variações. “Condição”, “Lugar” e “Dores de Cabeça” distanciam-se do universo disco e assumem-se como músicas de pop alternativo, ligeiras no ouvido e fáceis de cantar, sendo que a “Dores de Cabeça” se aproxima mais a um registo de balada que pode fazer lembrar os trabalhos de Tim Bernardes. A bridge de “Condição” traz à tona a faceta mais psicadélica da banda, que também encontra no shoegaze e no dreampop fontes de inspiração. Esta inspiração é notória em “Grilos” e “Blockbuster”, cuja sonoridade remete para nomes como Turnover ou Beach Fossils. Estas músicas vivem da atmosfera e da repetição dos riffs, fazendo-os ecoar em loop na cabeça do ouvinte. “Falei de Cor” é a wildcard do álbum. É a canção da qual não se está à espera quando se ouve as anteriores. É a mais rockeira do grupo, que nesta reta final aciona as distorções e se entrega à confusão. O álbum termina com “Brisinha”, um fecho calmo depois da erupção que é a música anterior, procurando terminar esta viagem de forma suave, deixando no ar um tom nostálgico que, avise-se já, pode ter como consequência a potenciação da vontade de ouvir tudo outra vez.

As letras do disco retratam experiências normais e mundanas de cada um. O que as inspira são experiências vividas, contadas, percebidas e imaginadas. No entanto, estas barreiras esbatem-se, deixando a cargo do ouvinte o grau de reconhecimento que procure imprimir nelas. Falam e refletem sobre conforto, crescimento, perda e todo esse tipo de sentimentos com as quais alguém é confrontado ao longo da vida, na relação consigo ou com os outros. Há sempre um tom melancólico, nostálgico, mas esperançoso e expectante transversal ao longo das músicas.

Finalmente, o álbum é um esforço de germinação. Com as raízes bem assentes, é para os Perpétua hora de descobrir para onde crescer e como florir. Bem, há que Esperar Pra Ver.

BIOGRAFIA

O Diogo, o Ru?ben e o Xavier conheceram-se numa escola de mu?sica na Gafanha da Nazare?, em Ílhavo, onde se iniciaria o percurso musical de cada um, bem como uma amizade que viria a ser a semente de onde germinaria a Perpe?tua. O Diogo viria a conhecer a Beatriz no ensino secunda?rio, e foi o gosto pela mu?sica que os fez manter contacto desde enta?o. No final de 2019 decidiram juntar-se pela primeira vez, consagrando assim o início da banda. No entanto, decidiram dar-se a conhecer ao público apenas no final de 2020.

Com uma bateria marcante, um baixo cavalgante, guitarras afundadas em reverberac?a?o, uma voz suave e teclados que cosem tudo isto em paisagens sonoras imaginativas e frescas, e? nos refro?es “orelhudos” e nas melodias doces que marcam pela diferenc?a, prometendo uma jornada sonora memora?vel, composta e pensada no dia a dia de um qualquer alguém.

Pela impossibilidade de relatar aquilo que ainda na?o se realizou, a vida destes quatro feitos um pode apenas ser tida como algo por vir, como aquele dia solarengo por que se anseia sempre.

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