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Nova edição de "O Retrato de Dorian Gray": Beleza e paixão nas livrarias portuguesas
Considerada pela crítica a melhor obra do escritor irlandês Oscar Wilde, O Retrato de Dorian Gray foi censurado aquando da sua publicação, mas, apenas um ano depois, foi transformado num manifesto filosófico que eleva a beleza aos píncaros da existência humana.
Chega agora à rede livreira nacional, numa nova edição, vestida de laranja e negro, enriquecendo a colecção de Clássicos da Guerra e Paz Editores. O Retrato de Dorian Gray estará disponível a partir do próximo dia 18 de maio. Poderá também ser encontrado no site da editora.
Este romance foi publicado pela primeira vez nos Estados Unidos da América, em julho de 1890, na revista mensal Lippincott’s. Na época, o editor, temendo as acusações de atentado à moral, censurou o texto, cortando as palavras e passagens que considerava ofensivas e chocantes. Mas apenas um ano depois, Oscar Wilde tornaria a publicar o romance, agora na forma de livro, revisto, aumentado e transformado num manifesto filosófico de afirmação da beleza como a única coisa que interessa perseguir e conquistar na vida.
O clássico conta a história de Dorian Gray, um jovem belíssimo que, após ver a sua imagem retratada pelo pintor Basil Hallard, se apaixona perdidamente e deseja que esses traços imutáveis de beleza fiquem para sempre no seu rosto e que seja o retrato a envelhecer. É este o parti pris narcisista, ou fáustico, do romance de Oscar Wilde.
Na contracapa, dá-se a palavra a Jorge Luis Borges. Sobre a tese deste romance filosófico, escreveu: «Lendo e relendo Wilde ao longo dos anos, reparei numa coisa que os seus panegiristas não parecem sequer suspeitar: a saber, o facto mais elementar que, em boa verdade, Wilde tem sempre razão.»
Este é um dos títulos da colecção Clássicos Guerra e Paz, que alia o rigor e respeito pelos textos imortalizados às escolhas gráficas arrojadas.
Ficção / Literatura Portuguesa
272 páginas · 15x23 · 15,50 €