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OperaFest regressa a Lisboa com duas estreias e uma rave operática
O festival fará a estreia nacional de A Médium, de Gian Carlo Menotti, e a estreia mundial de Até que a morte nos separe, de Ana Seara. Catarina Molder, a diretora artística, protagonizará uma Madame Butterfly com encenação de Olga Roriz.
O festival de ópera OperaFest vai regressar a Lisboa de 20 de agosto a 11 de setembro, para a sua segunda edição, que contemplará duas estreias e uma rave operática, com o jardim do Museu Nacional de Arte Antiga por cenário, anunciou a organização.
Com direção artística da soprano Catarina Molder, o OperaFest fará a estreia nacional de A Médium, de Gian Carlo Menotti, e a estreia absoluta de Até que a morte nos separe, de Ana Seara, compositora residente, tal como na edição anterior.
A Médium, ópera dramática em dois atos com libreto e composição de Gian Carlo Menotti, foi apresentada ao público pela primeira vez em maio de 1946, na Universidade de Columbia, em Nova Iorque. A obra, que poderá ser vista pela primeira vez em Portugal, apresentar-se-á nos dias 28 e 29 de agosto, às 21h30, e conta a história de Madame Flora, uma médium farsante que acaba por sucumbir à sua própria armadilha. Vai ser dirigida pela maestrina Rita Castro Blanco, na primeira encenação operática da atriz Sandra Faleiro.
A compositora Ana Seara, por seu lado, apresentará, em estreia absoluta, a sua ópera Até que a morte nos separe, a partir do conto homónimo de Ana Teresa Pereira, nos dias 3 e 4 de setembro, às 21h30. Encenada por António Pires, a ópera será dirigida pelo maestro Jan Wierzba.
Tal como na edição anterior, o Ensemble MPMP (do Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa) e o Nova Era Vocal Ensemble serão, respectivamente, a orquestra e coro residentes do festival, que também prevê a apresentação da cantata cénica Mahagonny Songspiel, a primeira colaboração entre Bertolt Brecht e Kurt Weill.
Em declarações à agência Lusa, Catarina Molder não quis adiantar os elencos, referindo apenas que vai protagonizar a ópera Madame Butterfly, de Puccini, numa encenação da coreógrafa Olga Roriz com direção do maestro convidado principal Jan Wierzba. Há um ano, a diretora artística do OperaFest protagonizou a ópera que abriu o festival, a Tosca, também de Puccini.
A ópera, que conta os amores e desventuras da japonesa Cio-cio San e do tenente da marinha mercante norte-americana Pinkerton, estará em cena nos dias 20, 21, 23, 25 e 27 de agosto, sempre às 21h30.
Catarina Molder sublinhou à Lusa a “aposta no talento nacional”, reafirmada pelo festival nesta segunda edição, e “uma programação “super” diversificada” abrangendo diversos públicos.
Da programação consta ainda uma gala de ópera, Alma em Fogo, no dia 7 de setembro, às 21h30, que apresentará “uma galeria de heróis e anti-heróis, de personagens boas que lamentam o seu infortúnio, e outras que rejubilam com a desgraça provocada”, segundo texto de apresentação da produção.
No dia 9 de setembro, às 21h30, acontecerá ainda a Maratona Ópera XXI, o concurso para novas árias.
Da programação consta ainda Máquina Lírica, com aulas de canto para amadores, aulas/debate e conferências em torno de temáticas operáticas.
O festival encerra no dia 11 de setembro, com a rave operática Mostra-me o caminho do próximo bar, título que remete para os primeiros versos da Alabama song de Mahagonny Songspiel.
por Lusa e Público | 11 de maio de 2021
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público