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Birds Are Indie lançam novo videoclip "Our Last Waltz"
Já estreou o videoclip oficial de “Our Last Waltz”, gravado em Coimbra pelo premiado realizador Tiago Cerveira.
Um encontro inesperado, uma última dança e um adeus, sempre sob o olhar de um intrigante encenador. Assim se poderia sintetizar o fio condutor deste vídeo, que entrelaça os músicos Joana Corker, Ricardo Jerónimo e Henrique Toscano com o desenrolar de uma narrativa onde surgem três personagens, desempenhadas também por eles. A acção desenrola-se num espaço cinzento, inóspito e abstracto, mas que, em tempos, havia sido um local de vida, cor e arte. Este enquadramento também reflecte metaforicamente os tempos actuais, em que, devido à pandemia, muitos artistas e espaços culturais se encontram à beira da sua última valsa.
EDIÇÃO EM VINYL
Faltam poucas semanas para o lançamento de “Migrations – the travel diaries #2”, a edição em formato vinyl preparada pelos Birds Are Indie e pela Lux Records. Esta contém 6 dos temas presentes no CD de 2020, incluindo o aclamado single “Black (or the art of letting go)” e integra ainda 4 temas inéditos, entre os quais “Our Last Waltz”, uma canção que fala de um 'adeus', remetendo para o momento em que dois caminhos, seja por que razão for, se separam irremediavelmente.
CONCERTO DE APRESENTAÇÃO
A data oficial de lançamento do vinyl “Migrations - the travel diaries #2” é 28 de Maio de 2021, dia em que será apresentado, ao vivo, no Teatro Académico de Gil Vicente, em Coimbra, às 19h. Todas as informações estão disponíveis no website do TAGV e no evento de Facebook.
É conhecida e vincada a geografia musical deste grupo de Coimbra: o seu ninho foi construído em forma de bedroom pop, com a folk pelo meio, numa postura DIY minimalista, própria dos primeiros voos, tal como aconteceu com Belle and Sebastian, Yo La Tengo, Moldy Peaches ou Juan Wauters. Com o tempo, as asas da sua pop foram crescendo e aproximaram-se do rock que lhes foi ensinado por nomes como Lou Reed, Dean Wareham, Black Francis e Stephen Malkmus.
Ao longo de mais de uma década de história(s), os Birds Are Indie acumularam diversas viagens, umas físicas e outras sonoras. Se muitas vezes se aventuraram à descoberta, noutras preferiram voltar ao ponto de partida. Com dificuldade em estar muito tempo no mesmo lugar, foram migrando entre conforto e desprendimento, atravessando latitudes bem conhecidas e meridianos algo esquecidos.
Em "Migrations" está muito presente a ideia de ida e regresso, seja porque o disco vagueia entre diferentes períodos na vida musical e pessoal de Ricardo Jerónimo, Joana Corker e Henrique Toscano, ou porque o mote para as letras que o compõem é a sua própria inquietude, ora desamparada, ora desafiante. No fundo, quem vive entre o aqui e o ali, prefere é estar além, como a mestria de Variações tão bem sintetizou.
E assim, entre começos e (a)fins, 11 anos depois, inicia-se mais uma viagem...
Ouvir «Migrations» é como ver um conjunto de 'polaroids' de viagens antigas, o que, por si só, já é uma viagem. Estão aqui as cores do final de tarde, as alegrias (grandes e pequenas), os tropeções e a vontade de não ficar muito tempo no chão. É uma viagem com alguma melancolia que prova que, às vezes, ela pode ser doce. Isto se não tivermos medo de a provar... - Marta Rocha, ANTENA 3
O título «Migrations» assenta na perfeição a esta viagem por entre uma geografia física e emocional, a que não falta o espírito de diário de uma banda que sabe contar histórias onde também ela participa. Há melancolia, inquietação, ironia e espírito de desafio, num disco onde tanto descobrimos o espírito 'crooner' de um Bill Callahan, a fatalidade de um David Berman ou o humor revolto de uns Magnetic Fields. Dez anos depois de terem aprendido a voar, estes pássaros estão soltos como nunca. - Pedro Miguel Silva, DEUS ME LIVRO
Restam poucas dúvidas que o plano que Joana Corker, Ricardo Jerónimo e Henrique Toscano começaram a traçar em 2010 chegou agora ao tal ponto de perfeição que sempre tentaram alcançar, consciente ou inconscientemente. Melodias contagiantes, sol a rodos, gente a dançar na relva, um Verão impossivelmente pop, baixo pulsante, teclados viciantes e as guitarras a levarem-nos às cavalitas por uma vida que não existe para lá destas canções. Não queremos sair daqui. Podemos ficar? - Sérgio Felizardo, VICE PORTUGAL