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Paraguaii editam novo disco "Propeller"
Propeller, o quinto trabalho de originais de Paraguaii traz-nos a disrupção completa e abraça uma nova identidade estética. A surpresa não está no caminho adotado; este estava a ser traçado já há algum tempo.
A surpresa está na forma como conseguiram atingir e concretizar os oito temas que fazem de Propeller um trabalho que vai ao âmago da criação da banda.
Imaginemos Propeller como o ‘Kid A’ da discografia do trio. Onde há sombra, vemos luz e no momento em que vemos luz logo nos aparece o nublado. É para este confronto de opostos que devemos estar preparados.
Há momentos de densidade mas também há momentos onde tudo flui com uma suavidade que, ao colocarmos tudo numa balança, vemos os dois pesos a fazer espelho. Tudo é doseado sob uma arquitetura estética, quase mecânica, mas que nunca deixa de soar a um trabalho orgânico.
A eletrónica é palavra de ordem, mas desenganem-se: é o Homem que controla a máquina e não o contrário. É precisamente aqui que reside a mestria deste disco: no uso exímio de toda uma componente eletrónica, mais ou menos assumida, mas que atinge o seu pináculo, agora, com Propeller.
É impossível não vermos luzes quando ouvimos o disco. É impossível não imaginar teclados analógicos repletos de cores intermitentes e, acima de tudo, é impossível não imaginar o Homem que controla toda esta parafernália de elementos eletrónicos. Sim, o resultado é muito maior do que a soma de todas as partes.
O segundo single de apresentação do disco, All my Feelings Fall in Love, representa a paixão no seu estado puro. A saudade da leveza e a nostalgia que, por vezes, podemos sentir desse mesmo estado.
Propeller mudou tudo. É empolgante, atmosférico, vibrante e comanda-nos através duma pulsação eletrónica que nos vicia. É a renovação que nos eleva à melhor versão de melhor de nós próprios.
Agenda
22 maio, Theatro Circo, Braga
04 junho, Teatro Gil Vicente, Barcelos
30 setembro, North Music Festival, Porto