"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

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Assírio & Alvim publica a Obra Completa de Francisco de Sá de Miranda.

O porta-voz da modernidade renascentista em Portugal.


A importância de Francisco de Sá de Miranda, um dos maiores dinamizadores da língua portuguesa, é inegável no panorama literário português. Preparado com o rigor que uma edição desta natureza exige, mas tendo em vista a difusão do trabalho de Sá de Miranda, assim se publica Obra Completa, fixada e anotada por Sérgio Guimarães de Sousa, João Paulo Braga e Luciana Braga, que mantiveram a pontuação original do humanista:

Mal de que me eu contentei,
Contas rematadas já,
Agora desancarei.
Esta dor me matará
Se não, eu me matarei.

Nas cousas que não há meo
É escusado cansar mais,
Ir de receo em receo
E de sinais em sinais.
Em vão cá, e lá cansei,
Tudo me é tomado já,
Agora descansarei,
Ou me este mal matará,
Se não, eu me matarei.

O esforço hercúleo em coligir num único volume toda a obra de Sá de Miranda resulta de uma parceria com o Centro de Estudos Mirandinos e contou com o apoio da Câmara Municipal de Amares. Um tesouro cultural e literário sem fronteiras, uma voz poética «admirada pelos principais vultos do seu tempo, que de Sá de Miranda tanto apreciavam a superior qualidade dos versos como o pragmatismo racional ao serviço da intransigente defesa de valores morais».

Título: Obra Completa
Autor: Francisco de Sá de Miranda
N.º de Páginas: 680
PVP: 44,00€
Coleção: documenta poetica

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SOBRE O AUTOR
Francisco de Sá de Miranda

Nasceu a 28 de agosto de 1481, na cidade de Coimbra. Formado em Direito na Universidade de Lisboa, foi a sua índole humanista e o seu amor pelas Letras que o fizeram viajar até Itália, em 1521, para conhecer de perto as raízes renascentistas. Cultivando «a medida velha», o poeta irá escrever algumas das composições recolhidas no Cancioneiro Geral (1516), de Garcia de Resende. Mas a sua adesão entusiástica ao pensamento e novas formas literárias da época, fá-lo trazer dessa sua longa viagem o dulce stil nuovo para Portugal. Assim se torna exímio na composição tanto do vilancete e cantiga, como do soneto e sextina. Morre em 1558, após uma vida cheia e pautada pelos valores morais que sempre defendeu.
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