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O mundo turvo e intransponível de Kafka

Numa nova tradução conforme a versão manuscrita do texto original, O Castelo regressa à coleção Dois Mundos.


Na sua inconfundível escrita sem fôlego, Franz Kafka grava em O Castelo a força de uma narrativa que se debruça sobre a espera, a frustração e a impotência perante um mundo turvo e intransponível. A presente tradução, de Álvaro Gonçalves, segue o manuscrito original, cuja escrita Kafka iniciou em janeiro de 1922 e interrompeu definitivamente em setembro desse ano. Com esta nova edição, ficam assim anuladas as profundas alterações introduzidas pelo seu amigo e testamenteiro Max Brod na primeira edição de 1926 deste romance póstumo e inacabado do também autor de O Processo e A Metamorfose. 

SOBRE O LIVRO
O Castelo
Cristalizado no coração de um inverno perpétuo, ergue-se um castelo despido, tão esbatido na paisagem que se diria ser uma cidadezinha miserável com um amontoado de casas aldeãs. K. é um agrimensor, ou talvez não, recrutado para lá prestar os seus serviços pelo invisível conde Westwest e pelos enigmáticos e inalcançáveis «senhores do Castelo». Perdido na burocracia labiríntica da administração condal, K. deambula pela aldeia, onde não é bem-vindo, envolve-se sexualmente com uma empregada de balcão, salta de um albergue para o outro, aceitando, por fim, o cargo de contínuo da escola.

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Título: O Castelo
Autor: Franz Kafka
Tradução do alemão: Álvaro Gonçalves
Páginas: 376
PVP: 18,80€
Coleção: Dois Mundos

SOBRE O AUTOR
Franz Kafka

Nasceu em 1883, em Praga, no seio de uma família da pequena-burguesia judia de expressão alemã. Começou a escrever os seus primeiros textos em 1904. Em 1906, terminou os seus estudos universitários, doutorando-se em Direito. Em vida, publicou apenas sete pequenos livros e alguns textos em revistas. De entre estes livrinhos e textos destaca-se A Metamorfose, que veio a lume em 1915. Esta pequena novela viria a afirmar-se como uma das suas obras de referência. A 3 de junho de 1924, não resistindo à tuberculose diagnosticada em 1917, morre em Kierling, a poucos quilómetros de Viena, deixando três romances fragmentários, que seriam publicados postumamente pelo seu amigo e testamenteiro Max Brod: O Processo (1925), O Castelo (1926) e América (1927), a que se seguiram volumes com contos, cartas e diários. A sua obra, centrada no homem solitário moderno, refém de uma vida absurda, tornar-se-ia uma das mais influentes do mundo literário do século xx.
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