"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

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Retrato acutilante da pequena-burguesia de Lisboa

Livros do Brasil publica Alves & C.ª e Outras Ficções, um dos mais perfeitos exemplos da capacidade de Eça de Queiroz de captar os comportamentos mais caricatos da sociedade portuguesa.


Depositadas durante mais de 25 anos na célebre mala de ferro onde Eça de Queiroz conservava os seus papéis, as páginas rápidas de Alves & C.ª foram publicadas apenas postumamente, em 1925. No presente volume, a este retrato acutilante da pequena-burguesia de Lisboa juntam-se as histórias O réu Tadeu, Um dia de chuva e Enghelberto. Alves & C.ª e Outras Ficções, como explica a nota prévia de João Palma-Ferreira, é um «retrato que complementa, em muitos aspectos, o que nos deu em O Primo Bazílio e que é como que um elo de união, ou de comunicação, entre esse romance e os frescos memoráveis de Os Maias e de A Capital».

SOBRE O LIVRO
Alves & C.ª e Outras Ficções
Godofredo Alves, um negociante de comissões para o Ultramar, vive uma existência plácida entre os privilégios burgueses e a paixão incondicional pela bela Lulu, sua mulher. Ao surpreendê-la no dia do aniversário do seu casamento, Godofredo encontra-a nos braços de Machado, melhor amigo e parceiro de negócios. De honra ferida, planeia uma maneira de reparar os danos causados pela ofensa cometida: um duelo até à morte, um suicídio tirado à sorte, o que quer que fosse para sanar a ferida. Mas, como português de «brandos costumes», não haverá uma maneira de fechar os olhos à traição? Este é o retrato acutilante da pequena-burguesia de Lisboa que Eça projetou nestas páginas rápidas, publicadas apenas postumamente, em 1925.

Ver primeiras páginas

Título: Alves & C.ª e Outras Ficções
Autor: Eça de Queiroz
Nota prévia: João Palma-Ferreira
Páginas: 192
PVP: 9,90€
Coleção: Obras de Eça de Queiroz


SOBRE O AUTOR
Eça de Queiroz

Eça de Queiroz nasceu a 25 de novembro de 1845, na Póvoa de Varzim, e é considerado um dos maiores romancistas de toda a literatura portuguesa, o primeiro e principal escritor realista português, renovador profundo e perspicaz da nossa prosa literária. Entrou para o Curso de Direito em 1861, em Coimbra, onde conviveu com muitos dos futuros representantes da Geração de 70. Terminado o curso, fundou o jornal O Distrito de Évora, em 1866, órgão no qual iniciou a sua experiência jornalística. Em 1871, proferiu a conferência «O Realismo como nova expressão da Arte», integrada nas Conferências do Casino Lisbonense e produto da evolução estética que o encaminha no sentido do Realismo-Naturalismo de Flaubert e Zola. No mesmo ano iniciou, com Ramalho Ortigão, a publicação de As Farpas, crónicas satíricas de inquérito à vida portuguesa. Em 1872, iniciou a sua carreira diplomática, ao longo da qual ocupou o cargo de cônsul em Havana, Newcastle, Bristol e Paris. Foi, pois, com o distanciamento crítico que a experiência de vida no estrangeiro lhe permitiu que concebeu a maior parte da sua obra romanesca, consagrada à crítica da vida social portuguesa e de onde se destacam O Primo Bazilio, O Crime do Padre Amaro, A Relíquia e Os Maias, este último considerado a sua obra-prima. Morreu a 16 de agosto de 1900, em Paris.
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