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Conselho da Revolução (1975-1982) - Uma Biografia

Esta é a única obra até à data sobre um órgão que moldou o regime pós-25 de Abril e garantiu a consolidação da democracia em Portugal.


Criado na sequência do 11 de Março de 1975, o Conselho da Revolução foi um órgão de soberania que desempenhou um papel central na transição revolucionária e, mais tarde, na transição constitucional.

Dispondo de amplos poderes (constituintes, militares, fiscalizadores e de conselho do Presidente da República), o Conselho da Revolução representou um considerável reforço do papel político do MFA e uma garantia da sua presença na estrutura constitucional revolucionária, assumindo-se como a cúpula do poder cívico-militar. O período de Março de 1975 a Abril de 1976 constitui a sua época áurea, ainda que a sua efetiva capacidade de direção não tenha sido constante.


Consagrado como órgão de soberania na Constituição de 1976, o Conselho continuará a deter vastos poderes no período de normalização democrática, garantindo aos militares uma voz ativa nos destinos do país. Como organismo não eleito democraticamente, resguardado por uma legitimidade revolucionária, o Conselho da Revolução é, na prática, a continuação do MFA e simboliza o papel deste no derrube da Ditadura. Contudo, desde cedo se verificaram conflitos e divergências entre as duas legitimidades sancionadas constitucionalmente: a legitimidade revolucionária, dos militares; e a legitimidade democrática/eleitoral, dos partidos.


Este livro descreve e analisa o papel do Conselho da Revolução desde a sua criação, em 1975, até à sua extinção, em 1982. Foram estes os anos que moldaram o regime e garantiram a consolidação da democracia em Portugal, quando finalmente se verificou a subordinação do poder militar ao poder civil democrático.

David Castaño é doutorado em História Moderna e Contemporânea pelo ISCTE, investigador integrado do Instituto Português de Relações Internacional (IPRI-NOVA) e professor convidado no Departamento de Estudos Políticos da FCSH-UNL.

Maria Inácia Rezola é doutorada em História Institucional e Política Contemporânea (FCSH-UNL), investigadora integrada do Instituto de História Contemporânea e docente na ESCS-IPL.

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