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André Romão e Pedro Neves Marques na Bienal de Arte de Liverpool

A Bienal de Arte de Liverpool, no Reino Unido, arrancou com um programa de arte contemporânea que inclui a apresentação de obras de arte pública e debates digitais sobre noções do corpo e formas de ligação ao mundo. Os artistas portugueses André Romão e Pedro Neves Marques estão entre os participantes.

André Romão, foto de Miguel Manso

Marcada para julho de 2020, a 11.ª edição da Bienal de Liverpool, acabou por ser adiada devido à pandemia de covid-19, decorrendo até 6 de junho deste ano sob o tema The Stomach and the Port. O programa será o originalmente concebido - mas respondendo ao novo contexto pandémico, com eventos digitais -, pela curadoria de Manuela Moscoso, e a lista de artistas, anunciada em novembro de 2019, inclui os portugueses André Romão e Pedro Neves Marques, e os brasileiros Sonia Gomes e Jorge Menna Barreto.

A organização salientou, na sua página oficial, que os conceitos e práticas que esta edição explora assumem uma sensibilidade acrescida no contexto de uma pandemia e do movimento global Black Lives Matter. “Abraçamos o desafio de continuar a desenvolver estas ideias num mundo em transformação, reconhecendo estas profundas mudanças sociais, e as respostas dos artistas a esta realidade alterada”, afirmam os organizadores.

A curadora da bienal, Manuela Moscoso, citada pela organização, sublinhou que o modo de estar no mundo e a forma como as pessoas se relacionam entre si estão a ser “dramaticamente” remodelados pelos efeitos da covid-19, ao mesmo tempo que o mundo “é marcado” pelo movimento Black Lives Matter, um apelo à justiça social e uma exigência de ação anti-racista. Moscoso apontou ainda, quando do anúncio do programa, que os artistas e pensadores que colaboram na 11.ª edição da Bienal de Liverpool “questionam empenhadamente as rígidas categorias definidas e perpetuadas pelo capitalismo colonial através das suas práticas”.

Para esta edição, artistas de todo o mundo foram convidados a apresentar trabalhos, numa perspetiva de olhar para o corpo e para formas de conectar com o mundo. André Romão, que vive e trabalha em Lisboa, tem vindo a desenvolver o seu trabalho nas fronteiras da interação entre o humano, o cultural, o animal e o artificial, ancorado na poesia e usando diversos suportes artísticos.

Entre as suas mais recentes exposições estão Fauna, mostra individual com curadoria de Pedro Lapa, que esteve patente no Museu Berardo, em Lisboa, durante a primavera de 2019, e Flora, que levou ao Museu da Imagem, em Braga, no âmbito da BoCA, Bienal de Arte Contemporânea. Pedro Neves Marques, que teve a curta-metragem A Mordida nomeada para os prémios da Academia Europeia do Cinema 2020, depois da distinção no festival de “curtas” Go Short, dos Países Baixos, vive e trabalha em Nova Iorque, nos Estados Unidos, como artista visual, realizador e escritor.

Larry Achiampong, Erick Beltrán, Diego Bianchi, Alice Channer, Judy Chicago, Ithell Colquhuon, Christopher Cozier, Yael Davids, Ines Doujak & John Barker, Jadé Fadojutimi, Jes Fan, Lamin Fofana, Ebony G. Patterson, Ane Graff, Ayesha Hameed, Camille Henrot, Nicholas Hlobo, Laura Huertas Millán, Sohrab Hura e Evan Ifekoya são alguns dos artistas que também foram convidados a participar nesta edição da bienal.


por Lusa e Público | 20 de março de 2021
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público

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