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Birds Are Indie lançam novo single "Our last waltz"

Cerca de um ano depois do lançamento, em CD, do volume #1 de “Migrations – the travel diaries”, os Birds Are Indie estão a preparar a edição do #2, em formato vinyl.

© Francisca Moreira

Este conterá 6 dos temas presentes no álbum de 2020, incluindo o aclamado single “Black (or the art of letting go)”, mas integra mais 4 temas inéditos. O primeiro destes a ser revelado é “Our Last Waltz”, uma canção que fala de um 'adeus', do momento exacto em que dois caminhos, seja por que razão for, se separam irremediavelmente. 

E na dúvida se essa separação é angustiante ou libertadora, esta canção olha-a com uma certa resignação, em contraste com a tensão e raiva contida em “Black”. Assim se sublinha a dualidade entre estes dois volumes de “Migrations – the travel diaries”, edições complementares, não só no alinhamento e no formato, mas também no 'artwork', uma vez mais da autoria de Joana Corker, que também dá voz principal ao single “Our last waltz”.

E se 2020, ano em que o trio de Coimbra assinalou 10 anos de história, parece ter sido o mais estranho das nossas vidas, 2021 ainda encerra alguma incerteza. Por isso, estas duas edições, em anos consecutivos, deixam clara não só a actividade da incansável editora Lux Records, mas também que, nem artistas nem público podem viver sem cultura e sem música.

Uma vez mais com mistura e masterização de João Rui (que no estúdio conimbricense Blue House trabalhou em discos de bandas como a Jigsaw, From Atomic, Raquel Ralha & Pedro Renato, Tracy Vandal & John Mercy, Victor Torpedo e Wipeout Beat), este single conta com participação na autoharp do convidado especial Jorri (a Jigsaw), que também colaborou no processo de gravação, liderado, como habitualmente, por Henrique Toscano.  

É conhecida e vincada a geografia musical deste grupo de Coimbra: o seu ninho foi construído em forma de bedroom pop, com a folk pelo meio, numa postura DIY minimalista, própria dos primeiros voos, tal como aconteceu com Belle and SebastianYo La TengoMoldy Peaches ou Juan Wauters. Com o tempo, as asas da sua pop foram crescendo e aproximaram-se do rock que lhes foi ensinado por nomes como Lou ReedDean WarehamBlack Francis e Stephen Malkmus.

Ao longo de mais de uma década de história(s), os Birds Are Indie acumularam diversas viagens, umas físicas e outras sonoras. Se muitas vezes se aventuraram à descoberta, noutras preferiram voltar ao ponto de partida. Com dificuldade em estar muito tempo no mesmo lugar, foram migrando entre conforto e desprendimento, atravessando latitudes bem conhecidas e meridianos algo esquecidos.  

Em "Migrations" está muito presente a ideia de ida e regresso, seja porque o disco vagueia entre diferentes períodos na vida musical e pessoal de Ricardo JerónimoJoana Corker e Henrique Toscano, ou porque o mote para as letras que o compõem é a sua própria inquietude, ora desamparada, ora desafiante. No fundo, quem vive entre o aqui e o ali, prefere é estar além, como a mestria de Variações tão bem sintetizou.

E assim, entre começos e (a)fins, 11 anos depois, inicia-se mais uma viagem...

Fazem da pop, não um espaço de fantasia para escapar do mundo de todos os dias, mas, pelo contrário, um lugar em que a fantasia é precisamente esta vida que temos perante nós. (...) Há este amor pelas canções, e pela forma como as canções fazem a nossa vida, que Ricardo Jerónimo, Joana Corker e Henrique Toscano aprimoraram com sensibilidade e humor, com intenção e fervor. Foi esse o longe a que chegaram. Canções, senhoras e senhores, é disso que falamos. - Mário Lopes, ÍPSILON / PÚBLICO

Ouvir «Migrations» é como ver um conjunto de 'polaroids' de viagens antigas, o que, por si só, já é uma viagem. Estão aqui as cores do final de tarde, as alegrias (grandes e pequenas), os tropeções e a vontade de não ficar muito tempo no chão. É uma viagem com alguma melancolia que prova que, às vezes, ela pode ser doce. Isto se não tivermos medo de a provar... - Marta Rocha, ANTENA 3

O título «Migrations» assenta na perfeição a esta viagem por entre uma geografia física e emocional, a que não falta o espírito de diário de uma banda que sabe contar histórias onde também ela participa. Há melancolia, inquietação, ironia e espírito de desafio, num disco onde tanto descobrimos o espírito 'crooner' de um Bill Callahan, a fatalidade de um David Berman ou o humor revolto de uns Magnetic Fields. Dez anos depois de terem aprendido a voar, estes pássaros estão soltos como nunca. - Pedro Miguel Silva, DEUS ME LIVRO

Restam poucas dúvidas que o plano que Joana Corker, Ricardo Jerónimo e Henrique Toscano começaram a traçar em 2010 chegou agora ao tal ponto de perfeição que sempre tentaram alcançar, consciente ou inconscientemente. Melodias contagiantes, sol a rodos, gente a dançar na relva, um Verão impossivelmente pop, baixo pulsante, teclados viciantes e as guitarras a levarem-nos às cavalitas por uma vida que não existe para lá destas canções. Não queremos sair daqui. Podemos ficar? - Sérgio Felizardo, VICE PORTUGAL

Já disponível em streaming no BandcampYoutube e Spotify.


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