"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

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"Se com Pérolas ou Ossos"

João Reis, uma das vozes imprescindíveis da literatura portuguesa contemporânea, traz-nos a narrativa de um herói imperfeito, vencido pela ficção da vida.


Um jovem autor português instala-se numa residência para escritores em Seul para escrever o seu próximo romance. Em vez disso, deambula pela cidade com a namorada, possivelmente grávida, e entrega-se a todo o tipo de fait divers mais ou menos absurdos, não obstante a pressão dos editores. Nesta quase variação indolente do escrivão Bartleby, João Reis apresenta-nos uma personagem que parece cair dentro de si numa espiral vertiginosa e quase joyceana, lançando, ao mesmo tempo, um olhar amargo e mordaz sobre os colegas de profissão, os editores e outras figuras do meio editorial português. Ao deixar-se levar pelo fluxo dos acontecimentos, detendo-se obsessivamente num e noutro pormenor irrelevante, Rodrigo encarna o protótipo do anti-herói desencantado e imperfeito, derrotado à partida pela ficção da vida.

Sobre o Autor
João Reis (n. 1985) é autor de quatro romances. Entre 2012 e 2015, trabalhou e residiu em países como Noruega, Suécia e Inglaterra . Como tradutor, especializou -se em línguas nórdicas, tendo vertido para português livros de Knut Hamsun, August Strindberg e Patrick White, entre outros. Foi duas vezes finalista do prémio Fernando Namora, em 2018 e 2020; A Devastação do Silêncio foi finalista do prémio Oceanos 2019; foi ainda finalista do Bare Fiction Prize, na categoria «flash fiction», em 2015. Em 2018, foi-lhe atribuída uma das bolsas de criação literária da DGLAB.

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