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Tânia Carvalho entre quatro coreógrafas convidadas pelo Ballet Nacional de Marselha
As apresentações estão previstas para os dias 31 de março a 2 de abril, no Teatro Nacional de Marselha, e de 8 a 11 de abril, no Teatro de Châtelet, em Paris. Lucinda Childs, Lasseindra Ninja e Oona Doherty são as outras convidadas.
A coreógrafa portuguesa Tânia Carvalho é uma de quatro mulheres convidadas a criar um programa de performance, que cruza dança e teatro, para estrear pelo Ballet Nacional de Marselha, em março e abril, em Paris e naquela cidade francesa.
A convite do colectivo (LA) Horde, que assumiu em 2019 a direção artística do Ballet Nacional de Marselha, Tânia Carvalho foi convidada a criar uma coreografia para o novo programa, que incluirá ainda peças das coreógrafas Lucinda Childs, norte-americana, Lasseindra Ninja, guianesa, e da irlandesa Oona Doherty, indica o sítio online da companhia.
As quatro criadoras vão contribuir “com o seu estilo icónico, inclusivo e de coreografia comprometida”, para criar uma peça “inclusiva, entre a plasticidade expressionista e os actuais ‘corpos sociais’ no teatro físico”, ligando a vanguarda da dança pós-moderna e a cultura de baile surgida no século XIX, indica ainda o texto sobre o novo programa.
As apresentações estão previstas para os dias 31 de março a 2 de abril, no Teatro Nacional de Marselha, e de 8 a 11 de abril, no Teatro do Châtelet, em Paris.
Em 2018, a coreógrafa Tânia Carvalho foi alvo de um ciclo de homenagem sobre os seus 20 anos de carreira, que decorreu com a apresentação das suas criações mais emblemáticas e de novas obras, no Teatro Camões, pela Companhia Nacional de Bailado, e nos teatros municipais Maria Matos e São Luiz, em Lisboa.
Tânia Carvalho iniciou aulas de dança clássica aos cinco anos, em 1991 frequentou a Escola Superior de Dança de Lisboa e, em 1997, ingressou no Curso de Intérpretes de Dança Contemporânea Fórum Dança, também na capital portuguesa. Fez ainda o Curso de Coreografia da Fundação Calouste Gulbenkian, e tem vindo a colaborar em vários trabalhos, tanto em interpretação como criação, com os coreógrafos Luís Guerra de Laocoi, Francisco Camacho, Carlota Lagido, Clara Andermatt, David Miguel, Filipe Viegas e Vera Mantero.
Como coreógrafa e intérprete criou, entre outras, as peças Danza Ricercata (2008), Der Mann Ist Verrückt (2009), Olhos Caídos (2010) e A Tecedura do Caos (2014). É também criadora dos projectos musicais Madmud, Trash Nymph e Moliquentos, e co-fundadora do colectivo de artistas Bomba Suicida. Em Janeiro de 2020, estreou a peça “Onironauta”, sobre a capacidade de controlar os sonhos e moldar o seu sentido, na Maison de la Danse, em Marselha.
por Lusa e Público | 26 de janeiro de 2021
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público