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Representação portuguesa na Bienal de Arquitetura de Veneza já tem curadores para o ciclo de debates
Atelier depA anunciou o resultado da open call lançada pelo seu projecto curatorial, In Conflict, que irá representar o país no próximo ano na bienal italiana.
Está tudo ainda em suspenso, como o resto do mundo, mas a representação oficial portuguesa na 17.ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza já estabeleceu o programa de debates que irá acompanhar o projeto curatorial In Conflict, assegurado pelo atelier portuense depA.
Adiada para de 2021 (deveria ter decorrido este ano, entre os meses de maio e novembro), a próxima edição da bienal tem como mote a pergunta lançada pelo seu curador principal, o libanês Hashim A. Sarkis: “Como vamos viver juntos?”. Os três arquitetos do depA – Carlos Azevedo, João Crisóstomo e Luís Sobral –, escolhidos pela Direção-Geral das Artes para representar a arquitetura portuguesa na bienal italiana, decidiram responder: “Em confronto”. E para discutir o papel dos arquitetos no futuro desta disciplina e da sua relação com a sociedade, decidiram também lançar uma “open call” para um ciclo de debates, a decorrer entre Veneza e Portugal.
Lançada em maio, esta “chamada” deu como resultado a seleção dos responsáveis pela organização de seis conferências e debates, a ocorrer entre os dias 22 de maio e 21 de novembro – as datas entretanto anunciadas para a nova edição da bienal.
O primeiro terá lugar em Veneza, no Palazzo Giustinian Lolin, que será o Pavilhão de Portugal, e terá como responsáveis os espanhóis Antonio Giráldez López & Pablo Ibáñez Ferrera, da editora Bartlebooth (Corunha), num debate intitulado Caring Assemblies: positions on a space-to-come. No Porto, Francisco Calheiros & Maria Cristina Trabulo irão abordar o tema Struggle within conflict; e, em Lisboa, o arquiteto Samuel de Brito Gonçalves irá discutir a questão da habitação social em Public Housing - No Silver Bullet.
O programa inclui também três conferências online: Instant City: emergency housing, refugee camps, forced mobility in a pandemic world, moderada por Bernardo Amaral & Carlos Machado Moura; Debating Lisbon’s future, com Gennaro Giacalone, Margarida Leão & João Romão; e Lines of violence, moderada pela arquiteta Patrícia Robalo.
Estes curadores foram escolhidos por um júri constituído pelos arquitetos Ana Jara, Anna Puigjaner e Jorge Carvalho, pelo investigador António Brito Guterres, pela artista plástica Fernanda Fragateiro e pelo arquiteto e editor espanhol Moisés Puente.
in Público | 3 de novembro de 2020
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público