Em 2018, o Organismo de Produção Artística, E.P.E. (OPART) e a Mirpuri Foundation celebraram um Protocolo de Colaboração que previa, entre outras iniciativas, o apoio à limpeza, conservação e restauro da fachada principal do Teatro Nacional de São Carlos.

É esta intervenção que agora se inicia e que tem a duração prevista de 110 dias. Ao longo deste período serão desenvolvidas ações corretivas e preventivas, com o objetivo de solucionar os vários tipos de problemas identificados e que resultam da exposição do edifício às condições ambientais, da falta de manutenção e de intervenção humana.

Recorde-se que a fachada principal do Teatro mantém os traços arquitetónicos primitivos – o Teatro foi inaugurado em 1793 –, mas que, pelo facto de se tratar de um edifício de ocupação permanente e com intensa atividade artística, necessita de intervenção de requalificação rigorosa e com alguma periodicidade.

O diagnóstico efetuado por peritos, em estreita articulação com a Direção-Geral do Património Cultural, permitiu identificar as seguintes necessidades de correção: sujidade acumulada, fissuras no teto da arcada, zonas da superfície pétrea partidas ou erodidas, madeira das caixilharias degradada, ferragens oxidadas e envelhecimento de massas e outros materiais.

Com esta obra, dividida entre as ações de limpeza, conservação e requalificação, pretende-se devolver ao edifício uma fachada sã, robusta e digna da sua condição de Monumento Nacional.

A intervenção não seria possível sem o apoio da Mirpuri Foundation, Mecenas Exclusivo OPART/TNSC para a conservação e reabilitação da fachada principal do Teatro Nacional de São Carlos.

Para a Dra. Conceição Amaral, Presidente do OPART, "esta reabilitação, que hoje temos o prazer de ver iniciada, é fruto de um longo processo técnico e administrativo, que esta administração tem levado a cabo, mas também de um forte envolvimento e dedicação de anteriores administrações do OPART com a Mirpuri Foundation, que não podemos deixar de lembrar, e a quem nos cabe agradecer neste momento. A obra de conservação e restauro da fachada do Teatro Nacional de São Carlos é simbolicamente, não só um marco da nossa responsabilidade enquanto gestores de património nacional que está à nossa guarda, mas também da nossa estratégia cultural que entende valorizar e dignificar o património artístico, móvel e imóvel, material e imaterial que o Teatro Nacional de São Carlos encerra e que urge requalificar. Para a cidade de Lisboa, e para o bairro do Chiado em particular, a reabilitação desta fachada traduzir-se-á numa imagem de elevada valorização do largo de São Carlos e permitirá aos visitantes, moradores e espetadores que acompanham a nossa atividade, a sua agradável fruição.” 

Para o Dr. Paulo Mirpuri, Presidente da Mirpuri Foundation, “a conservação e restauro do património edificado é uma necessidade prementeem Portugal. Na MirpuriFoundation acreditamos que o apoio à cultura não só dignifica o que de melhor se faz no nosso país, sendo o Teatro Nacional de São Carlos um exemplo de excelência, como também incentiva o talento e promove as artes, essencial para o desenvolvimento da sociedade civil.”

Sobre o Teatro Nacional de São Carlos

O Teatro Nacional de São Carlos, edifício de características neoclássicas de vincada influência italiana, iniciou a sua construção em 1792, tendo sido inaugurado no ano seguinte. Situado em pleno coração do Chiado, São Carlos tem sido palco das maiores realizações operáticas, baléticas, corais e sinfónicas do repertório nacional e internacional. Com um passado verdadeiramente extraordinário, o São Carlos – o único teatro lírico de Portugal – é hoje uma genuína instituição cultural presente e viva, amada e respeitada por todos os apreciadores da arte lírica, do bailado e da música clássica.

Sobre a Mirpuri Foundation

A Mirpuri Foundation é uma organização sem fins lucrativos instituída emPortugalpelo empresário e filantropo Paulo Mirpuri. Concebida com o propósito de criar um mundo melhor para as gerações futuras, a Fundação tem vindo a estabelecer parcerias com governos, empresas, comunidades e indivíduos de modo a desenvolver projetos específicos nas áreas da cultura, conservação dos oceanos e da vida selvagem, responsabilidade social, e investigação nas áreas da medicina e aeroespacial.