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Há visitas guiadas pelas árvores que guardam o castelo de Santa Maria da Feira
Os passeios são gratuitos e o primeiro está marcado para 18 de outubro. O objetivo é “realçar a importância dos espaços verdes e das árvores, em particular para o bem-estar e saúde da população e da própria cidade”.
O castelo de Santa Maria da Feira dispensa apresentações e a quem o visita não passa despercebido o bosque denso que o envolve. Sobe-se ao castelo por curvas apertadas abraçadas pelo arvoredo que nos acompanham bem desde o centro da cidade, trepando a colina.
São faias, castanheiros, cedros, tulipeiros-da-virgínia, pinheiros-mansos, lódãos, metrosíderos e muitas outras as árvores, emblemáticas e, muitas vezes, centenárias, que compõem esta espécie de oásis urbano que a autarquia quer agora dar a conhecer.
São, chama-lhes, as Guardiãs do Castelo e, por estes dias, começam a vestir-se das cores outonais que vão transformar o verde em castanhos, amarelos e laranjas - é (mais) um pretexto para quatro visitas guiadas que vão decorrer em outubro e novembro e abrir portas à biodiversidade que se encerra na Mata das Guimbras e na Quinta do Castelo.
Marina Rodrigues, engenheira do ambiente na Câmara de Santa Maria da Feira, considera que o evento representa uma oportunidade para os cidadãos adquirirem “sensibilidade” para as questões do ambiente, o que lhes vai permitir “observar as árvores e perceber o que realmente ali existe”. “Não são visitas técnicas, são para o público em geral, mas a ideia é identificar as espécies, explicar a sua função e adicionar algumas curiosidades.” Espera-se, portanto, que “detalhes” anteriormente “desvalorizados, como a forma ou a cor das folhas”, passem a ser do conhecimento coletivo.
As visitas, integradas no projeto Biodesafios, que pretende promover “a biodiversidade” (das árvores, mas também das “zonas ribeirinhas e das aves que existem na cidade”), são as primeiras a acontecer este ano, depois da pandemia da covid-19 obrigar ao cancelamento de todas as atividades previstas a partir da Primavera. Mesmo assim, Marina Rodrigues considera importante a retoma para que as problemáticas relacionadas com o ambiente sejam novamente “faladas”.
Com participação gratuita e duração de duas horas, os percursos acontecem a 18 de outubro, às 10h, e a 31 de outubro, 7 e 21 de novembro, às 14h30. A lotação é limitada a dez participantes, pelo que é necessário fazer inscrição online durante os cinco dias anteriores à data de cada visita. É obrigatório o uso de máscara e o cumprimento das regras de distanciamento físico, de acordo com as diretivas da Direcção-Geral da Saúde.
por Fugas com Ana Rita Moutinho in Público | 10 de outubro de 2020
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público