E esta coincidência rapidamente se tornou viral nas redes sociais e nos media.

Mais há mais dados curiosos para os fãs de teorias da conspiração: no livro, o cientista que foge para o EUA com o vírus chama-se Li Chen, o mesmo apelido de Lin Wenliang, um dos primeiros médicos a alertar as autoridades chinesas para surto (rapidamente aconselhado a parar de falar pela polícia); ainda que do sexo oposto, mas com o mesmo apelido, Li Meng-Yan rumou aos Estados Unidos para dizer ao mundo que o SARS-CoV-2 não é um vírus que surgiu na natureza e que foi desenvolvido em laboratório pelo governo do seu país; e, por fim, o livro foi publicado há 39 anos e Wuhan-400 é mencionado na página 39.

No entanto, o renovado interesse na obra (publicada na altura sob um pseudónimo; traduzida para 30 línguas; 4 milhões de livros vendidos) não agradou totalmente ao autor que, hoje, se tenta afastar desta “colagem” à pandemia. Afinal de contas, as coincidências não vão muito mais além, ainda que não deixe de ser uma excelente leitura para fãs de thrillers!

O livro conta a história de Christina Evans, uma mãe que tenta desesperadamente saber o que aconteceu ao filho, supostamente morto num trágico acidente. Mas eis que um dia uma frase surge no quadro de giz do quarto do filho: NÃO MORRI.

É na demanda pelo filho que surge então a ligação a um vírus, chamado «Wuhan-400», criado pelos chineses como arma biológica. O vírus fora levado para os EUA pelo cientista chinês Li Pen desertor e estava a ser alvo de estudo naquele laboratório. Wuhan-400 é a arma perfeita pois atinge apenas o ser humano, tem um período de incubação extremamente curto e uma taxa de mortalidade de 100%. O vírus consegue sobreviver fora do corpo humano durante mais de um minuto, o que significa que pode contaminar de forma permanente objetos ou espaços.

O AUTOR

Dean Koontz é um autor bestseller internacional que viu 14 dos seus livros alcançarem o 1.° lugar na tabela de vendas do New York Times. Traduzido em 38 línguas, vendeu mais de 500 milhões de livros em todo o mundo.

Curiosidade: Por acreditar que Koontz iria triunfar no mundo editorial, a mulher Gerda suportou as despesas do dia a dia durante 5 anos (prazo máximo dado ao marido) para que este pudesse concentrar-se na escrita. Cinco anos volvidos, Gerda despediu-se para gerir a carreira do marido. Aposta ganha!

«Dean Koontz é um malabarista literário e um mestre dos nossos sonhos mais sombrios.» — The Times