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Como era o estúdio de gravação de Amália Rodrigues?
Exposição “Amália e os Média – um Ensaio” revela a evolução dos meios de gravação da voz da fadista.
A carreira de Amália Rodrigues continua a ser celebrada neste ano em que se assinala o centenário do nascimento da fadista. Embora o curso das comemorações tenha sido afetado pela pandemia de Covid-19, há uma nova exposição para ver que celebra a vida e obra da fadista, conhecida como “A Voz de Portugal”.
Abre ao público no dia 18, a exposição “Amália e os Média – um ensaio”. Na nova galeria de exposições da Fundação Portuguesa das Comunicações, em Lisboa, esta mostra conta a história da relação de Amália com os média. Com curadoria de Rui Órfão, esta exposição é nas palavras do seu responsável um “work in progress”, daí a palavra “ensaio” ser incluída no título.
Nos corredores desta mostra poderá ver não só fotografias da fadista que saíram na imprensa nacional e internacional, como também testemunhar como evoluíram os meios que eram usados para a gravação da voz de Amália.
Na primeira parte o visitante poderá ver “a Amália representada na comunicação social, nos jornais e nas revistas”, explica Rui Órfão. “Depois tem um núcleo central com máquinas que têm o sistema de gravação da voz, cedidas gentilmente pelos estúdios da Valentim de Carvalho. Temos desde o mono, ao stereo, 8 e 9 pistas. Depois temos um núcleo de fotografia e a própria fixação da voz no vinil”, acrescenta. A fechar a mostra surgem cartazes que mostram a dimensão da carreira da fadista.
Organizada em parceria pela Fundação Amália Rodrigues, a Fundação Portuguesa das Comunicações e a Valentim de Carvalho a exposição revela a importância que tiveram os aparelhos de gravação para trazer, até aos dias de hoje, a voz de Amália Rodrigues.
Há ainda muitos inéditos por descobrir e alguns são mostrados na exposição. Rui Órfão indica que “há provas de disco, há as gravações e as fitas originais da Valentim de Carvalho. Há os discos de ensaio, ainda não finalizados e uma série de discos inéditos”.
O curador ressalva, no entanto, que esta não é uma mostra que “abranja todo o longo trajeto da artista, que é imenso”. Rui Órfão explica que a exposição foi feita com recursos reduzidos. “Isto é um ensaio de exposição para desenvolver em futuros projetos”, refere o arquiteto responsável pela mostra que considera que a partir desta exposição poderá ser feita outra “mais abrangente e aglutinadora” que junte outras instituições que guardam o espólio de Amália.
A exposição “Amália e os Média – um ensaio” poderá ser visitada na Fundação Portuguesa das Comunicações em Lisboa, a partir de dia 18 de setembro e até 7 de dezembro, de segunda a sexta-feira das 10h às 18h e ao sábado das 14h às 18h.
“Amália e os Média – um ensaio” integra a programação do centenário do nascimento de Amália Rodrigues e conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República.
por Maria João Costa in Renascença | 16 de setembro de 2020
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença