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Museu Virtual da Lusofonia está no Google Arts & Culture
Projeto criado pela Universidade do Minho apresenta o universo da arte e da cultura dos países que possuem o português como idioma oficial.
O Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho em Braga (Portugal) lançou o Museu Virtual da Lusofonia na plataforma Google Arts & Culture. O Museu conta com 45 exposições virtuais multimídia, 256 obras de arte, 112 fotografias, 98 programas de rádio, 19 filmes e dois documentários que remetem aos países de língua portuguesa. A iniciativa mostra o universo da arte e a cultura dos países lusófonos, abrangendo Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, estendendo-se às regiões de Galiza (Espanha) e Macau (China).
O evento de lançamento foi realizado na passada sexta-feira (04) e contou com a presença do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, do reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, da Gestora de Políticas Públicas do Google, Helena Martins, e do diretor do Museu Virtual da Lusofonia e do CECS, Moisés de Lemos Martins. A transmissão da cerimónia encontra-se, agora, disponível no canal do YouTube do Museu Virtual da Lusofonia.
O Museu Virtual da Lusofonia foi criado pela Universidade do Minho fruto de um projeto, em 2017, para lançar uma plataforma de cooperação artística e cultural que pudesse abranger o espaço físico e virtual da língua portuguesa. Atualmente é composto por uma equipe de profissionais da educação, agentes culturais e artísticos, jornalistas, profissionais da comunicação social, historiadores, sociólogos, políticos e investigadores de comunicação que realizam o levantamento e análise de todas as obras expostas. O Google Arts & Culture trabalha com instituições culturais e artistas de todo o mundo para preservar e divulgar a produção artística e cultural, disponível para qualquer pessoa, em qualquer lugar.
Exposições virtuais:
No Museu Virtual da Lusofonia na plataforma Google Arts & Culture será possível viajar pela cultura e pela história dos países falantes de língua portuguesa. Confira alguns dos destaques:
Angola: “Cimentar Ligações: Uma narrativa através da imagem” percorre imagens de Luís Meneses, geólogo e fotografo amador, sobre as paisagens naturais, urbanas e a vida cotidiana da Angola. “Angola: a produção cultural através dos meandros da cidade” exibe intervenções da arte pelas ruas de Luanda, capital angolana.
Brasil: “Tiradentes: Um sopro do Norte de Portugal no Brasil” permite-nos explorar a arquitetura da cidade de Tiradentes, em Minas Gerais, reconhecer sobrevivências culturais do Norte de Portugal na cidade mineira, e apreciar as obras de um dos maiores artistas plásticos brasileiro, Aleijadinho. A exposição “Glauber Rocha: figura central no “cinema novo” do Brasil” lança um olhar obtuso sobre o cinema de resistência e protesto, e destaca ainda o extenso legado do cineasta brasileiro Glauber Rocha.
Moçambique: “Bairro Aeroporto em Maputo: vida, arte e representação” desvenda a intensa vida cultural do bairro Aeroporto, em Maputo, e remete-nos às vozes e referências artísticas que emergem na região como Malangatana, Shikhane, João Timane e outros. Na exposição “Malangatana: o legado do grande artista moçambicano” é apresentado o documentário “No trilho de Malangatana: do legado à memória” sobre uma das maiores referências artísticas moçambicanas (o pintor Malangatana) conhecido internacionalmente por trabalhar nos mais diversos suportes entre desenhos, pinturas, esculturas, poesia e música. A exposição “Músicos de Moçambique: Childo Tomás” expressa o trabalho do fotógrafo moçambicano Ouri Pota, com um recorte das apresentações musicais regionais de Moçambique.
Portugal: “Cartões Postais Ilustrados” leva-nos a conhecer reproduções de postais de cidades de Portugal como Viana do Castelo, Viseu, Bragança, Portalegre e Braga, desde o século XIX até a atualidade. Já a exposição “Um olhar sobre o cinema mudo em Portugal” revela os primeiros passos do cinema português por Aurélio da Paz dos Reis, na região do Porto. Ainda no âmbito do cinema, “Pedro Costa: uma referência no cinema contemporâneo de Portugal” apresenta o trabalho do cineasta Pedro Costa, que se destacou pelo estilo radical e minimalista e pela representação das comunidades de imigrantes cabo-verdeanos ou portugueses com ascendência cabo-verdeana.
A mostra “Lusofonia: diásporas” conduz-nos a uma coleção fotográfica dos países que possuem relações históricas e semiológicas com a língua portuguesa: Guiné-Bissau, Macau (China), Goa (Índia) e Galiza (Espanha). Já em “pregrinACTION: uma cartografia da pós saudade” é possível “navegar” na diversificação das linguagens, que combinam pintura, escultura e a versão da expansão conceitual de ambas, em vídeo, fotografia e nos novos médias.
A exposição “Uma viagem literária e musical através da língua portuguesa” apresenta o álbum “Canções para Abreviar Distâncias”, que nos transporta a uma viagem literária e musical através da língua portuguesa pelos artistas brasileiros Isabella Bretz (cantora), Rodrigo Lana (pianista) e Matheus Félix (violinista e bandolinista). O trabalho inclui oito poemas musicados, cada um de um(a) autor(a) de um país falante de língua portuguesa: Adélia Prado (Brasil), José Luís Peixoto (Portugal), Mia Couto, (Moçambique), Conceição Lima (São Tomé e Príncipe), Vera Duarte Pina (Cabo Verde), Odete Semedo (Guiné-Bissau) Ana Paula Tavares (Angola) e Crisódio T. Araújo (Timor-Leste).
O Museu também traz o programa “Agora...Acontece!”, que abrange a comunicação intercultural a partir de temas académicos, filosóficos e do quotidiano. O programa é apresentado pelo jornalista português Carlos Pinto Coelho, que conversa com artistas, músicos, escritores e historiadores dos países de língua portuguesa. “Lusofonia: os vários sons da língua portuguesa” é outro programa que entrevista artistas da comunidade de países da língua portuguesa, apresentado pela atriz, jornalista, escritora e cantora brasileira Brisa Marques.