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Museu sem "conceito físico" apresenta exposição espalhada por cinco municípios minhotos
O Museu do Futuro Próximo pode ser visitado até 26 de setembro e conta com sete obras diferentes.
São sete as coleções temáticas que podem ser visitadas em cinco municípios diferentes do Vale do Minho. Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Valença e Vila Nova de Cerveira têm à disposição dos visitantes obras de arte espalhadas pelo seu território. A iniciativa foi criada e produzida pela Comédias do Minho e pelo Teatro do Frio.
O destaque está nas peças “únicas” que cada espaço público oferece, sem fronteiras físicas. “Um espetáculo sem palco e atores”, descreve a organização da primeira edição do Museu do Futuro próximo. “Cada município tem sete postais que equivalem a sete espaços”, esclarece o diretor artístico do projeto, Rodrigo Malvar, à Renascença.
A organização aconselha os espetadores a adquirirem o mapa do percurso propostos, um texto e a descarregar no telemóvel “os sete dramas sonoros para iniciar a sua divagação entre os sete observatórios naturais propostos pelo Teatro do Frio e as Comédias do Minho”.
O local em que cada pintura está exposta torna-se um “espaço museológico, sem confinamento histórico ou conceptual”, adaptado à pandemia da Covid-19. “Tudo foi tratado com muita calma e muitos dos textos advém da pandemia. O pensamento sobre o estado das coisas: o que é isto do distanciamento?”, explica Rodrigo Malvar.
O diretor artístico não esconde que “foi um desafio enorme” criar “um objeto artístico em plena pandemia”.
Apesar da organização sugerir um roteiro, Malvar sublinha que os visitantes “podem fazer o percurso que querem”. Para além dos sete postais que cada município tem, é, ainda, possível “criar coleções intermunicipais. Ao todo há 35 quadros”.
“Não queríamos fazer um guia turístico. Há locais mais estéticos, mas o importante é que sirvam a nossa dramaturgia. Todas as coleções são muito diversas”, conta o diretor artístico.
O Museu do Futuro Próximo pode ser visitado, sem qualquer custo, até dia 26 de setembro. O museu é a primeira iniciativa do projeto DEVIR.
in Renascença | 8 de setembro de 2020
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença