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Mafalda Veiga com canção editada na Colômbia
A canção ‘Todas as coisas’, da autoria de Mafalda Veiga e que faz parte do seu disco ‘Praia’ (Sony Music, 2016), é editada na Colômbia, dia 25 de julho em todas as plataformas digitais, numa adaptação para espanhol de Mónica Giraldo, cantora e compositora colombiana já nomeada para um Grammy Latino.
‘Todas las cosas’, em que a Mafalda também participa, é o primeiro single do novo disco de Mónica Giraldo, a editar brevemente.
A produção musical do tema esteve a cargo de Mauricio Pantoja e Mónica Giraldo e as gravações realizaram-se em estúdios caseiros durante os dias de confinamento. A voz de Mónica Giraldo foi gravada em Bogotá, nos Estúdios Triganá, por Andrés Peláez. A voz de Mafalda Veiga foi gravada em Lisboa por Nelson Carvalho, nos Estúdios Valentim de Carvalho. Num momento em que o futuro parece incerto e a Humanidade cada vez mais distante de si própria, Mafalda Veiga e Mónica Giraldo reúnem-se para conversar e cantar juntas, pela primeira vez, esta canção que convida a seguir caminho e que fala da imortalidade e do efémero, da ilusão da pertença, da passagem do tempo e das emoções que vivemos cada dia.
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‘Conheci a Mónica Giraldo na Colômbia, quando ambas fomos convidadas para participar na Feira Internacional do Livro de Bogotá pela Embaixada de Portugal, através do seu conselheiro cultural, Pedro Rapoula. O Pedro tinha-me proposto fazer uma sessão de música e conversa em conjunto com uma compositora colombiana com quem ele achava que eu teria muitas afinidades, pessoais e musicais. Não podia estar mais certo. Depois de, à distância de um oceano, trocarmos canções, discos e ideias, à chegada à Colômbia a Mónica recebeu-me na sua casa para ensaiarmos as músicas que iríamos tocar e a nossa sessão, na Feira do Livro, moderada pelo Pedro Rapoula, foi de tal maneira cúmplice e íntima que acabámos a cantar uma versão entre espanhol e português da maravilhosa canção alentejana Gotinha de Água, para um público caloroso e recetivo.
As línguas latinas são próximas e as sensibilidades também. O intercâmbio que podemos criar e construir é um mundo que tem tanto de novo como de um surpreendente regresso a ‘casa’. Foi uma notícia muito feliz para mim saber que a Mónica iria gravar uma adaptação sua da minha canção “Todas As Coisas”. Participei a cantar nesta versão desde Lisboa, nos Estúdios Valentim de Carvalho, onde o Nelson Carvalho usou para a minha voz o maravilhoso Neumann com que costumavam gravar o Carlos Paredes e que aparece na capa do seu mítico disco ‘Movimentos Perpétuos’. A canção, na adaptação produzida pela Mónica e pelo Mauricio Pantoja (com a maior parte dos instrumentos a serem gravados em casa por causa do confinamento, também na Colômbia), ganhou uma identidade nova e, pelo momento que estamos a viver mundialmente, um novo e mais premente sentido. Acho que não houve nada nesta história que não fosse especial, que não me desse prazer ou que não me deixasse memórias muito boas.
Obrigada, Mónica. Vamos a isto.’
Mafalda Veiga
Biografia Mafalda Veiga
MAFALDA VEIGA é escritora de canções, compositora e intérprete. Nasceu em Lisboa, onde viveu a maior parte da sua vida. Passou a infância e adolescência em Espanha. Bisneta do pintor naturalista Simão da Veiga, aos sete anos já mexia em telas, tintas e pincéis, por influência da sua avó Margarida, que também pintava, e acreditou ser essa a sua vocação. Foi então que o seu pai lhe ofereceu uma viola, que aprendeu a tocar com o seu tio mais novo, Pedro da Veiga, guitarrista profissional de fado. Nunca mais parou. Aos treze anos, escreveu as primeiras canções. O seu primeiro disco, Pássaros do Sul (Prémio Sete de Ouro Revelação), foi editado em novembro de 1987, quando estava a começar o curso de Línguas e Literaturas Modernas, na Faculdade de Letras de Lisboa. Em menos de um mês, foi Disco de Prata. Acabou o curso entre a composição de canções e os concertos. A escolha estava feita. Editou vários discos que foram Ouro, Prata e Platina, como Tatuagem (de 1999, cujas canções integraram novelas da brasileira Tv Globo), Ao Vivo (de 2000, no Centro Cultural de Belém, Lisboa), o dvd 5 de Outubro no Coliseu de Lisboa (2004), Chão (de 2009, Prémio Zeca Afonso), Zoom (2011) e Praia (de 2016, que é simultaneamente um disco e um caderno de autor). Publicou os livros Songbook (Quasi Edições, 2004) e E Arrumei as Gavetas e Cuidei do Meu Jardim (Blue Book, 2019) com imagens originais da consagrada pintora Ana Vidigal. Em finais de 2018 e janeiro de 2019, realizou dois grandes concertos no Porto e em Lisboa para comemorar com o público 30 anos de canções. Também em 2019, no âmbito da Feira Internacional do Livro de Bogotá, foi convidada pela Embaixada de Portugal através do seu adido cultural na Colômbia, Pedro Rapoula, para uma sessão de música e poesia em colaboração com a compositora colombiana Mónica Giraldo. Deste encontro e das afinidades musicais e pessoais de ambas, nasce esta versão maravilhosa da canção Todas as Coisas, adaptada para espanhol e produzida pela Mónica com o título Todas las Cosas.
Biografia Mónica Giraldo
MÓNICA GIRALDO move-se por dois caminhos. O primeiro leva-a cada vez mais profundamente ao coração da música colombiana, rodeada pelo poder dos seus ritmos tradicionais. O segundo leva-a mais longe, motivada pelos sons do mundo. Mónica Giraldo é uma cantora-compositora colombiana que lançou dois discos independentes antes de ser nomeada para o Grammy Latino na categoria de Melhor Novo Artista do ano de 2008. Graduou-se na Universidad de Los Andes em Bogotá, Colômbia, e na Berklee College of Music em Boston, EU. No seu regresso à Colômbia, gravou vários discos: Muy Cerca (2005) com o produtor Felipe Álvarez (Polen Records), Todo da Vueltas (2008) com o produtor Mauricio Pantoja, pela Codiscos (que lhe valeu a nomeação para o Grammy em 2008), Que venga la vida (2014) com Polen Records, Bajo el mismo cielo (2017) co-produzido por Giraldo, Mauricio Pantoja e Andrés Peláez, e o disco Al Oído, The best of Mónica Giraldo (2019) em co-produção com GLPMusic. Colaborou com vários artistas em álbuns como Mestizajes com a Orquesta Filarmónica de Bogotá em 2010, La Voz de mi Padre em 2011, e em Café Latino e Café del Mundo e Acoustic Woman, de Putumayo Records, em 2013-2014 e 2019. Recebeu também dois reconhecimentos da Billboard como cantora-compositora. Realizou espectáculos e apresentou o seu trabalho em países como a Colômbia, México, USA, França e Japão, entre outros.
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