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Coleção de joalharia do Museu Nacional de Arte Antiga ganha novo brilho

Indisponível ao público desde maio de 2018, para estudo e restauro das peças, a coleção de joalharia do MNAA vai reabrir até ao final do ano com algumas novidades. Ao novo brilho das peças restauradas, juntam-se ainda alguns tesouros inéditos ao acervo.

© MNAA © MNAA © MNAA

A reabertura ao público da coleção de joalharia do MNAA, prevista para o último trimestre deste ano, será marcada pela apresentação das peças recentemente restauradas.Também a complementar a narrativa do acervo, que vai do século XV ao XIX, estão 15 novos conjuntos de jóias, fruto de dois depósitos e uma doação. São exemplos deste novo tesouro, brincos, colares e alfinetes mas também ornamentos masculinos, como insígnias honoríficas, com pedras preciosas e semi-preciosas como diamantes, esmeraldas, topázios, e outras gemas oriundas do império colonial, sobretudo do Brasil.

Sobre os novos tesouros: dois depósitos e uma doação 
Um dos novos tesouros resulta de um depósito que chegou ao MNAA através de um colecionador privado de Hong Kong, composto por oito conjuntos de jóias, num total de 19 peças. Na origem deste despósito está um convite dirigido à conservadora de ourivesaria e joalharia do Museu, Luísa Penalva, em novembro de 2016, para uma visita à exposição Jewels of Portugal, da S.J. Phillips em Londres, uma das maiores casas de joalharia, em Inglaterra. Deste convite nasceu a oportunidade para que algumas dessas jóias chegassem ao Museu Nacional de Arte Antiga. Neste lote, destacam-se um ornamento de peito do século XVII, com diamantes, esmeraldas e uma pérola barroca, de origem provavelmente espanhola, e ainda outro objeto semelhante, em prata cravejada de topázios, acompanhado por um par de brincos, exemplo perfeito da evolução da laça, uma das tipologias mais importantes da joalharia.

O segundo tesouro em depósito no MNAA vem da Igreja do antigo Convento de Nossa Senhora de Jesus, atualmente a Igreja Paroquial das Mercês, em Lisboa. Falamos de cinco conjuntos de jóias, num total de 13 peças, nos quais se destacam umas palmas de prata do século XVIII, com aplicações em cristal de rocha, invulgares pela sua dimensão, de cerca de 24 centímetros cada. A enriquecer o tesouro das Mercês, há ainda três ornamentos de peito, dois pares de brincos e dois trémulos para enfeitar o cabelo, sobressaindo neste conjunto a beleza das gemas utilizadas na sua execução, como as águas marinhas e os quartzos. Um dos ornamentos de peito tem dupla laçada, inspirado no modelo Sévigné, em referência à escritora francesa do século XVII, um facto que torna esta jóia particularmente interessante.

A integrar permanentemente a coleção de joalharia do MNAA, por doação de Maria Emília Seabra, estão dois alfinetes de peito, com realce para um em prata dourada do século XV-XVI, sem pedraria, que representa uma Adoração dos Magos com a Virgem.

Sobre o Museu Nacional de Arte Antiga 
Criado em 1884, o MNAA - Museu Nacional de Arte Antiga alberga a mais relevante coleção pública do país: pintura, escultura, artes decorativas – portuguesas, europeias e da Expansão –, desde a Idade Média até ao século XIX, incluindo o maior número de obras classificadas como «tesouros nacionais», assim como a maior coleção de mobiliário português. São também de grande relevância no acervo, nos diversos domínios, algumas obras de referência do património artístico mundial, não só na pintura, mas também no âmbito das suas coleções de ourivesaria, cerâmica, têxteis, vidros e ainda desenhos e gravuras.

Em exposição permanente, destaca-se a sala dedicada à história dos presépios portugueses, articulada com a Capela das Albertas, jóia do Barroco nacional, que é composta por mais de duas dezenas de obras, incluindo presépios completos e esculturas avulsas, na qual se podem encontrar desde os mais antigos fragmentos de figuras em barro até aos grandiosos conjuntos conventuais e palacianos, da autoria dos mais reputados escultores, desde o século XVI ao século XIX.

No acervo do MNAA, destacam-se os Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, obra-prima da pintura europeia do século XV, a Custódia de Belém, de Gil Vicente, mandada lavrar por D. Manuel I e datada de 1506, os Biombos Namban, do final do século XVI, registando a presença dos portugueses no Japão, Tentações de Santo Antão, de Bosch, exemplo máximo da pintura flamenga do início do século XVI, São Jerónimo, de Dürer, inovadora representação do Santo, e importantes obras de Memling, Rafael, Cranach ou Piero della Francesca. Destaque ainda para a Custódia da Bemposta, uma das mais ricas peças da ourivesaria barroca portuguesa, ou a escultura de Santa Ana Ensinando a Virgem a Ler, da autoria de Joaquim Machado de Castro, o mais importante escultor do período barroco português.

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