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Amália, Sempre!
No dia em que faria Cem Anos, homenageamos Amália, com um poema de David Mourão-Ferreira.
O poema “Primavera” é significativo.
A renovação do Fado deveu-se à coragem de Amália cantar grandes autores como Camões, Pedro Homem de Melo e Alexandre O’Neill.
Mas, David tem um lugar muito especial nessa inteligente renovação!
O Centro Nacional de Cultura homenageia a memória de uma referência fundamental da cultura da língua portuguesa!
Todo o amor que nos
prendera
como se fora de cera
se quebrava e desfazia
ai funesta primavera
quem me dera, quem nos dera
ter morrido nesse dia
E condenaram-me a tanto
viver comigo meu pranto
viver, viver e sem ti
vivendo sem no entanto
eu me esquecer desse encanto
que nesse dia perdi
Pão duro da solidão
é somente o que nos dão
o que nos dão a comer
que importa que o coração
diga que sim ou que não
se continua a viver
Todo o amor que nos
prendera
se quebrara e desfizera
em pavor se convertia
ninguém fale em primavera
quem me dera, quem nos dera
ter morrido nesse dia