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Margarida Pinto edita "Todas as Coisas"

Todas as coisas importam, mesmo as mais pequenas. Se calhar, às vezes, essas são mesmo as mais importantes. E Margarida Pinto sabe bem disso. Sabe bem de muita coisa. Do poder da voz, por exemplo.


Com os Coldfinger, Margarida gravou entre 2000 e 2013 um conjunto importante de trabalhos que são peças fundamentais do tabuleiro em que se jogou a modernidade e o futuro da música pop portuguesa, aquela de espírito mais livre, de horizontes mais amplos, tocada pela tecnologia, mas com balanço orgânico certo.

Em 2005, primeiro, e 2009, depois, Margarida já nos tinha deixado avisos sob a forma de um álbum, Apontamento, e de um EP, A Aprendizagem de, que a confirmaram como um dos mais superlativos talentos vocais da nossa praça. É que Margarida é uma daquelas raras artistas a quem a arte se cola de forma natural, sem esforço, com a sua garganta a ser um real tesouro que na verdade ainda aguarda ser descoberto por um público mais vasto. Mas as coisas preciosas não deixam de o ser só porque são secretas, nem perdem o valor quando os segredos se transformam em certezas que todos partilham.

É assim com Todas as Coisas.

O novo álbum de Margarida Pinto é o resultado de um longo e íntimo processo feito música, feito canção, feito palavra e respirar. Margarida teve que aprender a reconhecer a sua própria voz, a interior, aquela que a impelia a transformar em melodias as ideias que assomavam à sua boca, a embalar com as mãos, no piano, os impulsos que queria fazer canção.

E de “Mundo” Perfeito” ou “Astronauta” a “Bela Manhã”, “Bendita era eu” ou “Luz Breve” são vários, múltiplos e profundos os retratos de todas as coisas, pequenas e não tão pequenas, os que Margarida aqui nos oferece. Há também uma bela versão de outra alma forte, Xana, a icónica vocalista dos Rádio Macau de cujo trabalho a solo Margarida extraiu a lição de que precisou a dada altura, “Manual de Sobrevivência”. E há até um vislumbre de futuro, que é isso que todos os artistas fazem, eles que sentem antes dos outros, que olham mais longe e que sabem, antes mesmo do tempo: “Tudo Vai Ficar Bem”, canta ela, com apoio de segundas vozes de Leonor Bastos.

A produção do álbum pertence ao mesmo Frederico Pereira que assinou produções de trabalhos de Gisela João ou Helder Moutinho, ele que está habituado a fixar a verdade das vozes e a dar-lhes o envolvimento certo.

Todas as Coisas que Margarida nos canta ao ouvido são importantes. E todas estas coisas são ela. São pop e têm alma. São transparentes, mas guardam segredos. São imediatas, mas bem que poderiam durar para sempre.

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