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Conhecidos os candidatos que passam à 2ª fase do Prémio "Arte em Espaço Público & Sustentabilidade"
Inês Osório, residente no Porto, João Ó e Rita Machado, dupla portuguesa a viver em Macau, e o italiano Lorenzo Bordonaro, a residir em Portugal, são os três candidatos selecionados, de entre as 25 candidaturas nacionais e internacionais que concorreram a esta primeira edição.
Lídia Jorge (vencedora do Grande Prémio de Literatura dst de 2019), André Rangel (em representação da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto), João Castro Silva (em representação da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa), Tiago Miranda (diretor do IB-S - Instituto de Ciência e Inovação para a Bio-Sustentabilidade da Universidade do Minho) e Ricardo Portela (em representação do dst group) foram os elementos do júri que avaliaram os diferentes projetos, oriundos das mais diversas geografias entre as quais Brasil e Chile, passando ainda pelo Reino Unido, Alemanha, Itália ou Espanha.
Os candidatos terão agora até ao dia 26 de junho de 2020 para desenvolverem as suas propostas finais, tendo neste período total acesso ao campus empresarial e industrial do dst group, em Braga, onde poderão identificar quais os resíduos provenientes da construção e demolição de empreitadas, ou outros materiais, que poderão utilizar na execução das respetivas obras de arte. Cada candidato recebe ainda um apoio no valor de 500 euros para o desenvolvimento dos projetos. A obra de arte vencedora será implementada no município de Braga, com inauguração prevista para 3 de outubro de 2020. Recorde-se que, além de assumirem todos os custos de produção e implementação da obra de arte em espaço público, o dst group e a zet gallery atribuem ao vencedor um prémio de 7.500 euros.
O Prémio ARTE EM ESPAÇO PÚBLICO & SUSTENTABILIDADE é mais um dos projetos do dst group e da zet gallery de apoio à produção artística contemporânea no campo das artes plásticas e visuais. Para Helena Mendes Pereira, diretora e curadora da zet gallery, “este prémio inovador reflete os contributos do grupo para a afirmação da urgência da economia circular e, ainda, as suas preocupações com os espaços públicos onde a fruição da obra de arte é verdadeiramente democrática”.
Sobre a possibilidade de conceber uma obra de arte em espaço público para Braga, Inês Osório considera que se trata de “um momento de diálogo que se estabelece com a sociedade, com agentes locais e as suas origens, com o que fomos, somos e, principalmente, com o que seremos. Afigura se num modo de fazer parte dessa ‘Cidade Bimilenar’, da construção da sua identidade coletiva, reinventando os seus símbolos.” A artista de 36 anos considera ainda que é uma oportunidade para “trabalhar (com) a memória do nosso espaço, um encontro com o nosso tempo e com um público alargado de gentes que estão ou que partem, que chegam e que ficam. Permitirá comunicar com uma cidade em efervescência, ativa e de portas abertas para o Mundo, materializado se na Arte que se revela, democraticamente, ao alcance de todos.”
Por sua vez, a dupla João Ó & Rita Machado sublinham “a oportunidade desafiante de contribuir para a interpretação e definição da cultura de uma cidade com uma história ímpar, onde emerge o espírito coletivo e inclusivo da nossa contemporaneidade.” Já o italiano Lorenzo Bordonaro encara o desafio do dstgroup e da zet gallery como “a oportunidade de desenhar um espaço de habitar poético na cidade, um lugar físico de pensamento utópico para imaginar um futuro urbano alternativo”.