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Museu Nacional de Arte Antiga reabre a 18 de maio

Nova exposição temporária, concerto ao piano, obra inédita de Domingos Sequeira e apresentação pública do espaço de restauro dos Painéis de São Vicente marcam a reabertura do Museu Nacional de Arte Antiga, a 18 de maio, no Dia Internacional dos Museus.

©MNAA/Paulo Alexandrino ©MNAA/Paulo Alexandrino ©MNAA/Paulo Alexandrino

 

É a 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, que o Museu Nacional de Arte Antiga reabre as portas ao público com um programa que reserva algumas surpresas.

 

Nova exposição temporária de Julião Sarmento

Em matéria de exposições, a Sala do Tecto Pintado vai receber, entre 18 de maio e 26 de julho, a nova exposição temporária "A LINHA QUE FECHA TAMBÉM ABRE", uma mostra onde se confrontam cinco desenhos de Julião Sarmento, um dos artistas visuais mais proeminentes da contemporaneidade, com oito desenhos italianos do Renascimento, e sua extensão ibérica, selecionados do acervo do MNAA.

O comissariado está a cargo de João Pinharanda.

Os oito desenhos selecionados da coleção do Museu, com autoria ou atribuição a Baccio Bandinelli, Luca Cambiaso, Corregio, Pontormo e Francisco Venegas, essencialmente estudos para figuras a inserir em pinturas, e por isso obras preparatórias, vão coabitar o mesmo espaço com cinco trabalhos de desenho e pintura de Julião Sarmento, um dos mais relevantes artistas portugueses contemporâneos.

Nesta “linha que fecha mas também abre”, através da presença dos trabalhos contemporâneos de Julião Sarmento, quebram-se, de certa forma, as sequências temporais, temáticas ou estilísticas que se estabelecem entre os artistas pertencentes a uma cronologia e cultura comuns, neste caso o Renascimento, permitindo-se assim, a quem visita este universo, que se abram novos caminhos de múltiplos sentidos, entre passado, presente e futuro.

 

Prolongamento até 28 de junho da obra convidada Calendário l Peeter Balten

Já a exposição dedicada a Peeter Balten, pintor flamengo do século XVI, com término inicialmente previsto para 10 de maio, é prolongada até 28 de junho, dando a possibilidade a quem não conhece de (re)visitar o “Calendário”, obra convidada a integrar o espaço expositivo do MNAA, composto por doze pinturas com alegorias aos meses do ano, provenientes da Sé de Miranda do Douro (Piso 1/Sala 60 - Galeria de Pintura Europeia).

 

MNNA participa na Lisboa Capital Verde 2020

Quem visitar o MNAA, a partir de 18 de maio, vai notar que algumas peças da coleção, sobretudo pintura e tapeçaria, têm uma tabela informativa com dados botânicos.

Trata-se de um roteiro dedicado à representação botânica na Arte, e sempre que determinada obra contenha na imagem elementos vegetais relevantes, estes serão explicados num contexto artístico, revelando-se o seu significado simbólico, muitas vezes oculto para o visitante do século XXI.

Foi a 21 de junho de 2018 que Lisboa foi distinguida com o galardão de Capital Verde Europeia 2020. Esta distinção, que resulta da avaliação de um conjunto de especialistas internacionais sobre 12 indicadores que avaliam a sustentabilidade na cidade, foi anunciada pelo Comissário Europeu do Ambiente, Assuntos Marítimos e Pescas, Karmenu Vella.

Em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, o MNAA associa-se a esta iniciativa europeia permitindo que os seus visitantes possam ter uma forma diferente de observar as obras, descobrindo outras leituras e novas dimensões sobre o mundo natural.

 

Restauro dos Painéis de São Vicente

Também a partir de 18 de maio, apresenta-se ao público o novo espaço para o restauro dos Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, uma das obras mais emblemáticas do MNAA e de toda a arte portuguesa.

Os Painéis de São Vicente vão ser alvo de um processo de restauro, a arrancar ainda durante este ano, e a prolongar-se até 2022, de forma faseada para que possam ser visitáveis, contando com a participação de conservadores do MNAA e uma equipa de consultoria internacional, onde se incluem membros da Universidade de Ghent (Bélgica), do Metropolitan Museu of Art (EUA), Museo del Prado (Espanha), entre outros.

O projeto de restauro resulta de um protocolo mecenático, para três anos, assinado entre o Museu, a Direção-Geral do Património Cultural e a Fundação Millennium BCP, envolvendo um apoio financeiro na ordem dos 225 mil euros.

A partir de 18 de maio, o público terá a possibilidade de visitar o local onde decorrerá o processo de restauro dos painéis, devidamente vedado, mas visível a quem visita, permitindo o acompanhamento dos trabalhos in loco, assim que estes arranquem durante o ano.

 

Concerto ao piano à porta fechada

Nem só de exposições se faz um museu, sobretudo o MNAA que já foi palco de grandes eventos, em particular no campo da música erudita. A ilustrar com notas musicais a reabertura do Museu ao público, a 18 de maio, o pianista Pedro Emanuel Pereira vai dar um concerto à porta fechada, por isso sem assistência de público, mas que poderá ser acompanhado em direto, a partir das 19h, na Antena 2 que garantirá a sua transmissão ao vivo.

Este concerto marca o regresso de Pedro Emanuel Pereira ao Museu Nacional de Arte Antiga depois de um grande momento musical em 2018, no qual tocou ao piano obras imortais de D. Scarlatti, Babadjanian, Prokofiev e Rachmaninov.

 

Última aquisição do MNAA apresentada ao público

É também a 18 de maio que o público ficará a conhecer a última aquisição que veio enriquecer o acervo do MNNA. Trata-se de um desenho de Domingos Sequeira, um dos grandes artistas portugueses do século XIX, intitulado “Um Estudo para Camões”, adquirido em dezembro do ano passado, em Paris, e que a partir do dia da reabertura do Museu será apresentado publicamente.


 



Sobre o Museu Nacional de Arte Antiga

Criado em 1884, o MNAA - Museu Nacional de Arte Antiga alberga a mais relevante coleção pública do país. Pintura, escultura, artes decorativas – portuguesas, europeias e da Expansão –, desde a Idade Média até ao século XIX, incluindo o maior número de obras classificadas como «tesouros nacionais», assim como a maior coleção de mobiliário português. São também de grande relevância no acervo, nos diversos domínios, algumas obras de referência do património artístico mundial, não só na pintura, mas também no âmbito das suas coleções de ourivesaria, cerâmica, têxteis, vidros e ainda desenhos e gravuras.

Em exposição permanente, destaca-se a sala dedicada à história dos presépios portugueses, articulada com a Capela das Albertas, joia do Barroco nacional, que é composta por mais de duas dezenas de obras, incluindo presépios completos e esculturas avulsas, na qual se podem encontrar desde os mais antigos fragmentos de figuras em barro até aos grandiosos conjuntos conventuais e palacianos, da autoria dos mais reputados escultores, desde o século XVI ao século XIX.

No acervo do MNAA, destacam-se os Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, obra-prima da pintura europeia do século XV, a Custódia de Belém, de Gil Vicente, mandada lavrar por D. Manuel I e datada de 1506, os Biombos Namban, do final do século XVI, registando a presença dos portugueses no Japão, Tentações de Santo Antão, de Bosch, exemplo máximo da pintura flamenga do início do século XVI, São Jerónimo, de Dürer, inovadora representação do Santo, e importantes obras de Memling, Rafael, Cranach ou Piero della Francesca. Destaque ainda para a Custódia da Bemposta, uma das mais ricas peças da ourivesaria barroca portuguesa, ou a escultura de Santa Ana Ensinando a Virgem a Ler, da autoria de Joaquim Machado de Castro, o mais importante escultor do período barroco português.

 

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