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Do Japão para todas as mães
Criar um presente cheio de significado, inspirado nas tradições japonesas, para oferecer no Dia da Mãe (3 de maio) é uma das atividades que o Museu do Oriente sugere, numa semana em que se celebra também o Dia Mundial da Dança (29 de abril) e há ainda tempo para ficar a conhecer, num novo podcast, algumas curiosidades sobre duas peças do museu.
Linhas coloridas, esticadas, cruzadas em torno de retalhos de quimonos podem resultar em Temari (Te - mão + Mari – bola). Com uma história ancestral, estas bolas de mão japonesas começaram por ser confeccionadas com um propósito muito especial: brincadeiras de crianças. Contudo, ao longo dos tempos, assumiram outros fins e significados e são, hoje, uma oferta de considerável importância no Japão, prova de grande amizade e amor maternal.
O Museu do Oriente desafia a construir uma temari para oferecer no Dia da Mãe, surpreendendo-a com um presente original, único e com uma larga tradição. Para isso, são necessárias linhas coloridas, retalhos de tecidos e alguma imaginação, e seguir o tutorial (aqui).
A 29 de abril assinala-se o Dia Mundial da Dança e, para o celebrar, o Museu do Oriente convida a assistir na página de Facebook do Museu do Oriente à atuação de Tarikavalli, bailarina e professora francesa, de origem portuguesa, formada em Bharatanatyam (estilo de dança clássico do Sul da Índia).
Bharatanatyam é uma das formas mais antigas e a base fundacional da tradição da dança indiana, realizada a solo e apenas por mulheres. O estilo Bharatanatyam caracteriza-se pela postura fixa do tronco, flexão das pernas e joelhos flexionados (Aramandi), elaborado trabalho de pés e uma panóplia de expressões do rosto e dos olhos (abhinaya), gestos com as mãos (mudrás) e poses específicas do corpo (yantras). Estes constituem um vocabulário sofisticado e altamente expressivo, em que assenta a narrativa interpretada pela bailarina.
Com origem nos templos hindus de Tamil Nadu, expressa temas religiosos e ideais espirituais do Sul da Índia e surge representada em esculturas de templos, datadas dos séculos VI a IX dC. A sua base teórica é tributária do Natya Shastra, antiquíssimo tratado sânscrito hindu sobre artes cénicas.
Numa parceria com a Your Podcast, o Museu do Oriente dá a conhecer, em formato áudio, pormenores das peças das suas colecções, materiais e produção, origem geográfica, contextos de utilização, história social e tradições, com cada objecto a convidar a uma viagem através da história, da arte e das culturas de toda a Ásia.
Um escritório mogol do século XVII, da coleção Presença Portuguesa na Ásia, e um surpreendente traje mang bordado, usado na ópera chinesa (coleção Kwok On) inauguram a rubrica “Uma peça, uma história… para ouvir” disponível aqui.