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Música "Andrà tutto bene" é um grito de esperança

Uma mensagem de dois portugueses para todo o mundo que nasce da parceria entre o cantor e compositor Cristóvam e o realizador Pedro Varela


“Andrà tutto bene” ou, em português, “Vai Ficar Tudo Bem”, não se trata de um videoclipe nem de qualquer outro formato comum associado à música ou à publicidade. Para estes dois Portugueses trata-se de algo bem mais preciso e precioso: trata-se de uma música e um filme, serem um só.

A mensagem que foi apresentada ao mundo e que em menos de 48 horas se tornou num fenómeno global, nasceu de uma ideia do músico Cristóvam, que ainda nos versos iniciais a apresentou ao seu amigo realizador Pedro Varela. “Andrà tutto bene” era já uma homenagem à luta inglória que se travava nos hospitais Italianos e ao isolamento social que começava a ser  uma realidade por toda a Europa.

Cristóvam e Varela começaram então a desenvolver a ideia nos primeiros dias desta quarentena que se mantem já há quase 20 dias em Portugal, o país de ambos. O filme começava a nascer e moldava-se à música e vice-versa, alguns dias e madrugadas depois, entre sessões solitárias de composição e gravação na Ilha terceira, ou filmagens dirigidas remotamente com Paris e footage por medida a chegar de todo o mundo a Lisboa, que esta dupla conseguiu completar em tempo record a execução desta mensagem em formato de música e filme, que é também um grito de esperança.

A música foi misturada em Lisboa, assim como o filme que também recebeu finalização em vários locais diferentes nos arredores de Lisboa, todos juntos mas todos separados. Afinal trata-se de um grupo de amigos e profissionais que fizeram, no passado, muitos outros trabalhos em conjunto mas que, pela primeira vez, a distância física os manteve obrigatoriamente separados.

“Nestes tempos estranhos, em que todos nos encontramos um pouco assombrados pela ansiedade, procuramos dentro de nós a melhor forma de o combater. Escrevi e gravei esta canção no meu pequeno estúdio como a minha forma de o fazer. Não é suposto ser nada mais do que a minha pequena tentativa de mandar um grito de esperança aqui do meio do mar para todos aqueles que neste momento mais precisam. Separados lutamos, juntos resistimos”, conta o músico Cristóvam, que conseguiu a parceria perfeita juntamente  com Pedro Varela.

O realizador, Pedro Varela, assinala ainda que Vivemos um tempo diferente, vivemos na era do conteúdo onde os suportes se alavancam nos outros. Se a música nasce e quer encontrar o seu público, ela precisa ter um rosto e eventualmente uma narrativa, e ao faze-lo tornam-se em algo uníssono, onde as memórias visuais influenciam a mensagem musical e a transformam para sempre”.

Quando Pedro Varela ouviu os primeiros versos de “Andrà Tutto Bene”, convenceu o amigo que precisavam criar uma ligação real e de identificação imediata com o público, era preciso retratá-los a eles mesmos, os que estavam em casa e os que estavam na linha da frente, afinal  trata-se de um tema que é na sua essência uma crónica poética dos tempos que vivemos, tempos de incerteza onde se precisa plantar alguma esperança. “Andrà Tutto Bene” é uma reflexão sobre um momento único na história da Humanidade.

Sobre Cristóvam | Cantor e Compositor

Cristóvam é um cantor e compositor natural da Ilha Terceira, nos Açores. Iniciou-se na guitarra aos 11 anos e, pouco tempo depois, começou a escrever as suas primeiras canções. Em 2012 lançou o disco "The Closing Doors", integrando a banda October Flight, com a qual pisou diversos palcos nacionais e internacionais. Movendo-se num universo musical indie-folk, com assumidas influências que vão de Bob Dylan a Ryan Adams, Cristóvam começou a gravar o seu disco de estreia a solo em 2015 em Lisboa.

Edita em 2018 o disco ‘Hopes and Dreams’, no qual se afirmou em absoluto como um verdadeiro escritor de canções. As suas letras, sinceras e profundas, denotam uma maturidade incomum, ilustrando de forma sólida as composições musicais. O single de apresentação retirado de ‘Hopes and Dreams’ foi ‘Faith and Wine’, tendo-se-lhe seguido ‘Red Lights’ e ‘Walk in The Rain’. Este último integrou a banda sonora do filme ‘A Canção de Lisboa’ a convite de Pedro Varela, tendo sido também nomeado para os International Portuguese Music Awards (IPMA) na categoria de Pop Performance do ano.

Uma nota muito especial para salientar que em 2018 Cristóvam tornou-se no primeiro artista nacional a atingir o primeiro lugar no prestigiado International Songwriting Contest. A canção “Faith & Wine” foi escolhida entre outras 16.000 a concurso como vencedora da categoria de artistas independentes (Unsigned Only) com um painel de jurados composto por artistas como Tom Waits, Grant Lee Phillips, Keane, entre muitos outros.

Nas colaborações que manteve com o realizador destacam-se composições para filmes publicitários de grandes marcas nacionais e internacionais. Nos últimos 2 anos, Cristóvam fez espectáculos em Portugal, França, Holanda, Alemanha, Polónia e Bélgica e acompanhou na estrada artistas como Stu Larsen, Tim Hart (Boy & Bear) e Scott Matthews.

Cristóvam que se encontra neste momento duplamente nomeado nos International Portuguese Music Awards com a canção “Burning Memories”, está também novamente na final do International Songwriting Competition, desta vez com o tema “Lifeline”.

Por tudo isto, Cristóvam apresenta-se assim no panorama musical português como um dos mais bem guardados segredos que é urgente descobrir.

Sobre Pedro Varela | Argumentista e Realizador

Pedro Varela começou como ator aos dezasseis anos, trabalhando por mais de quinze anos em teatro, cinema e TV. Em 2000 dirigiu sua versão teatral de “Trainspotting”, de Irvine Welsh. Anos depois, voltaria a dirigir outro trabalho do autor galês, “Ecstasy”, desta vez em Los Angeles.

Em 2002, representou Portugal no RioCenaContemporânea, Festival Internacional de Teatro do Rio de Janeiro, dirigindo “A Barca do Inferno”, de Gil Vicente, com um elenco inteiramente brasileiro. Retornou ao cinema como ator em 2006, mas com “Anesthesia”, seu curta-metragem, selecionado para a competição internacional no festival de cinema Fantasporto em 2010, se mudou definitivamente para trás da câmara. Varela escreve e dirige tudo o que já filma. Em 2011, ele adaptou e dirigiu para Portugal o seriado de TV da Fox “Tiempo Final”.

Foi o criador, roteirista e diretor da premiada e aclamada série de televisão “Os Filhos do Rock”, que estreou em 2013 e rapidamente conquistou um status cult. A série conta a história do boom do rock português nos anos de 80. “A Canção de Lisboa” em 2016, uma comédia romântica escrita e dirigida por Varela, tornou-se o filme mais visto do ano em Portugal.

“A Filha da Lei”, sua mais recente criação original para TV nacional (RTP), sobre um esquadrão de homicídios português, estreou no canal nacional de televisão em 2017.

Varela também dirige comerciais, trabalhando para as principais marcas e agências. Entre outros prémios conquistados em todo o mundo, recebeu um leão de prata em Cannes e três grandes prémios nacionais com “Cant Skip Us”, multipremiada Campanha para o Turismo de Portugal. Filma neste momento o seu primeiro longa dramático que será lançado ainda em 2020, a produção internacional é filmada no Rio de Janeiro e produzida pela Belladonna Productions, de Nova York, em parceria com a Blanche Filmes, produtora brasileira da qual  também é sócio. O filme protagonizado por Ellie Bamber (Nocturnal Animals) e James Frecheville (Animal Kingdom, Adore), avizinha-se controverso e é inspirado numa história real sobre o tema da violência contra a mulher.

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