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Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso mostra obras inéditas do pintor

“Nadir, Subjectum” homenageia memória e legado artístico do mestre Nadir Afonso.

Foto: MCNA Foto: MCNA Foto: MCNA


No âmbito das comemorações do Centenário do Nascimento do Mestre Nadir Afonso, o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso (MACNA) tem patente ao público a exposição “Nadir, Subjectum”, constituída por 34 obras inéditas.

A proposta expositiva, com curadoria do professor António Quadros Ferreira, pretende ser “um contributo pedagógico para melhor entender o Mestre de Si-Mesmo, homenageando a memória e o legado artístico deste arquiteto e pintor flaviense, incontornável figura de proa do abstracionismo geométrico em Portugal”, refere a autarquia flaviense.

A exposição conta com 90 obras, constituída por três núcleos distintos, estudos, guaches e tela, apresentando uma nova perspetiva da obra nadiriana numa simbiose entre a geometria e a figuração.

Segundo o presidente da Câmara Municipal de Chaves, Nuno Vaz, “a comemoração desta efeméride com uma exposição de inéditos pretende surpreender o público e estabelecer uma relação mais perene com a comunidade flaviense, como primeiros destinatários, mas também afirmar de forma crescente o MACNA no panorama nacional e internacional.”

Recorde-se que esta é já a segunda iniciativa, sendo a primeira a apresentação do livro “Nadir Afonso – A Geometria como Universo”, estando ainda previstas outras atividades no decorrer deste ano.

A presidente da Fundação Nadir Afonso e viúva do pintor, Laura Afonso, revela que “existe ainda um manancial desconhecido da obra nadiriana” sendo este um momento particular “muito feliz e gratificante da apresentação deste espólio, na cidade natal de Nadir Afonso” com a qual o artista manteve sempre uma ligação muito próxima.

A exposição estará patente ao público até dia 29 de novembro de 2020.

Nadir Afonso nasceu a 4 de dezembro de 1920, em Chaves, e foi um arquiteto, pintor e pensador português, tendo morrido a 11 de dezembro de 2013. Diplomou-se em arquitetura, trabalhou com Le Corbusier e Oscar Niemeyer e estudou pintura em Paris.

Centenário do nascimento do artista plástico ao longo do ano 

As comemorações do centenário do artista Nadir Afonso decorrem ao longo de 2020, incluem diversas exposições com obras inéditas do pintor, lançamento de livros e ciclos de conferências.

A presidente da Fundação Nadir Afonso, Laura Afonso, conta que “grande parte da obra de Nadir está inédita” e adianta que em cada exposição “haverá sempre um núcleo inédito”.

“Há muitos quadros, muitas pinturas de Nadir que não foram vistas pelo público. Nadir assumia-se como ‘laboro-maníaco’ e, no fundo, a pintura era para ele um ‘hobby’, uma paixão, era uma obsessão, era tudo”, enfatiza a viúva Laura Afonso.

Para este ano de celebração estão previstas várias exposições de homenagem ao artista plástico, em várias localidades como Boticas, Coimbra, Porto e Lisboa. Haverá também ciclos de conferências e serão editadas algumas obras de Nadir conhecido como pintor, arquiteto, mas também como pensador, um filósofo da arte.

“Toda a sua obra escrita, o seu trabalho escrito, versa a filosofia estética, versa a tentativa de compreensão do fenómeno artístico, de levar a arte ao nível da consciência e da racionalidade”, explica Laura Afonso.

Ao longo do ano serão realizadas “cerca de duas dúzias de iniciativas que têm também como objetivo divulgar a obra Nadir Afonso”.

“Eu penso que a obra de Nadir talvez ainda não seja muito conhecida do grande público”, refere Laura Afonso.

As comemorações do centenário do nascimento de Nadir Afonso envolvem a Fundação Nadir Afonso, museus, autarquias, universidades e o Ministério da Cultura.


por Olímpia Mairos in Renascença | 11 de março de 2020
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença

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