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O espelho de Espanha do séc. XVIII em "A Cozinheira de Castamar"
A Porto Editora publica A Cozinheira de Castamar. Obra de estreia de Fernando J. Múñez, este romance histórico tem conhecido um enorme sucesso em Espanha, tendo ocupado o top de vendas durante mais de 10 semanas logo após o lançamento.
Corre o ano de 1720 e o palácio ducal de Castamar, nos arredores de Madrid, é um espelho da sociedade espanhola. Nos andares superiores, sumptuosos bailes e festas ocupam a vida da fina flor da capital. Nos cantos sombrios dos enormes salões, esconde-se a intriga política, os jogos de poder que alternam golpes de espada e golpes de alcova. Mas é na face menos visível do palácio, nos seus bastidores, que corre o sangue que anima e torna possível a roda viva da nobreza.
É numa destas divisões que Fernando J. Múñez apresenta a protagonista desta obra: Clara Belmonte, jovem educada e culta que é atirada para a miséria no rescaldo da violenta Guerra de Sucessão que eleva Filipe V ao trono. As sequelas deste tempo tumultuoso arrastam-se ainda na insuperável agorafobia de que sofre. Apesar das suas origens nobres, Clara vê-se obrigada a lutar por uma forma de sustento, encontrando-o como ajudante de cozinha.
O seu talento para a culinária, herdado da mãe, vai destacá-la junto de Dom Diego, o enigmático duque de Castamar, e também colocá-la no centro dos ciúmes e da atenção dos trabalhadores da casa. E essa atenção vai ajudar a jovem cozinheira a derrubar barreiras e a entrar num mundo que lhe fora vedado.
Profundamente sensorial, A Cozinheira de Castamar é um apaixonante romance histórico, recheado de vívidas descrições e personagens intrigantes. Do bordel mais ordinário de Lavapiés, aos passeios do Buen Retiro, Múñez apresenta ao leitor o "sobe e desce" de uma grande casa senhorial do século XVIII, com um protocolo asfixiante, mistérios, segredos, bem como as camadas inferiores da sociedade nos arrabaldes de Madrid, presas à pobreza e sem qualquer esperança.
Os direitos de adaptação deste romance histórico ao pequeno ecrã foram já adquiridos pelo grande grupo de comunicação Atresmedia, responsável por séries como A Casa de Papel, Fariña ou O tempo entre costuras.
SOBRE O LIVRO
A Cozinheira de Castamar
Clara Belmonte é uma jovem de uma família abastada que, após a morte do patriarca, um dos mais prestigiados médicos de Madrid, se vê cair na mais completa pobreza.
Apesar da educação primorosa que recebeu, Clara precisa de uma forma de sustento e acaba por se candidatar a um trabalho nas cozinhas do palácio ducal de Castamar, que conquista graças ao talento para a culinária que herdou da mãe.
Clara não é bem recebida nos primeiros tempos. A sua eloquência, bem como o rigor na limpeza das cozinhas e a ousadia no requinte dos pratos, depressa a elevam na atenção dos habitantes da casa e no ciúme dos colegas de trabalho.
Mas é Dom Diego, o duque de Castamar, quem Clara mais impressiona. Arrancando-o à apatia absurda em que vive desde o estranho falecimento da mulher, a jovem cozinheira fá-lo derrubar todas as barreiras, despertando-lhe o palato, o intelecto e, por fim, o coração.
CRÍTICAS
Uma maravilhosa história cheia de contrastes, intrigas e amores, contada através da fascinante linguagem da gastronomia.
Maria Dueñas, autora de O tempo entre costuras
A Cozinheira de Castamar, o livro que poderia ser a inspiração de Downton Abbey espanhol.
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SOBRE O AUTOR
Fernando J. Múñez
Nasceu em Madrid, em 1972, e descobriu o encanto pela escrita ainda criança. Com 14 anos iniciou o seu primeiro romance e, aos 18, desenvolveu os primeiros guiões de cinema. Depois de se licenciar em Filosofia, iniciou a sua carreira como realizador de publicidade, acumulando os anúncios com curtas-metragens, e completando a formação académica em Cinematografia nos Estados Unidos. Em 2012 realizou Las nornas, exibido no Festival de Cinema de Alicante e na Seminci (Semana Internacional de Cinema) de Valladolid.
A Cozinheira de Castamar é o seu primeiro romance.