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Apresentação de projetos estruturantes para o futuro de Loulé nas celebrações dos 32 anos da cidade
No âmbito das celebrações do Dia da Cidade de Loulé, o presidente da Câmara Municipal, Vítor Aleixo, apresentou um conjunto de projetos estruturantes “que estão a ser planeados, desenvolvidos e alguns até já executados na cidade”.
Numa altura em que se respira no concelho uma excelente saúde financeira, fruto do trabalho de equilíbrio orçamental, a Autarquia pretende investir no desenvolvimento do seu território sem, no entanto, descurar o equilíbrio das contas públicas. Entre 2017 e 2018 “Loulé foi o município de média dimensão do país que mais investiu em obras públicas”. Se, em 2018, foram lançadas 88 obras, totalizando um valor de 30M€, já no ano seguinte esse número seria ainda mais expressivo: 115 obras lançadas, correspondentes a 57M€. Apesar de, apenas 14M€ terem chegado à fase de contratação da empreitada pois, como explicou Vítor Aleixo, à semelhança do que se passa um pouco por todo o país, “a crise liquidou muitas empresas e a procura hoje é muito superior à capacidade de resposta dos empresários do setor público de construção”.
A Câmara Municipal de Loulé continua a apostar em dotar a cidade com infraestruturas que sirvam os munícipes e os seus visitantes.
De entre esses projetos, um dos mais significativos é o ABC Loulé Active Life Health and Research que, a par de Vilamoura, prevê para Loulé a construção do Edifício Mariano Gago, um centro dedicado à investigação e aos cuidados de saúde, onde irão ficar localizadas diversas valências estratégicas de instituições de carácter nacional (INSA - Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, INFARMED, IPST - Instituto Português do Sangue e da Transplantação, SPMS - Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, ACSS – Administração Central dos Sistemas de Saúde e DGS – Direção Geral de Saúde). São 7M€ que serão investidos neste “projeto de grande ambição na área das ciências biomédicas”, destacando-se a instalação, neste edifício, de um Banco Público de Células do Cordão Umbilical ou o Centro de Investigação de Entomologia do Algarve (CIEMA).
O aspirante Geoparque Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira, iniciativa intermunicipal pluridisciplinar, que assenta em áreas como a social, ambiental, cultural ou económica, projeto holístico que conta a história da terra, “é um grande desfio para o Município”, prevendo-se que, “dentro de 2 ou 3 anos”, este território possa ser Geoparque Mundial da UNESCO.
Com o objetivo de responder a uma “carência generalizada do país, mas em que o concelho de Loulé é particularmente afetado”, a Câmara Municipal de Loulé criou a Estratégia Local de Habitação 2020-2030. Assim, através da iniciativa pública, a Autarquia pretende, “de uma forma muito ambiciosa, atenuar significativamente o problema de falta de habitação nos próximos 10 anos”, com o apoio direto a 1400 agregados familiares. No que respeita à cidade de Loulé, já foram adquiridos 8 lotes de terreno com potencial de construção para cerca de 128 fogos, num investimento de 1,5M€. Neste momento os projetos “decorrem a toda a velocidade”, como adiantou o autarca.
No que respeita a requalificação urbana, para breve está a inauguração da 2ª fase do Parque Municipal de Loulé. Trata-se de um investimento de 1.157.000,00€ que permitirá criar naquele que é o pulmão da cidade novos espaços verdes e zonas para a prática de desporto informal, como é o caso de um street workout.
Ao nível das acessibilidades, a 2ª fase da Circular Norte de Loulé significará a concretização de uma antiga aspiração e constitui um importante investimento – cerca de 4M€. Neste momento, o concurso para a obra já foi aprovado em reunião camarária.
Por outro lado, é intenção da Autarquia criar uma nova avenida “moderna, com características alinhadas com a necessidade de uma cidade que se adapte à emergência climática, com passeios generosos, arborização e uma ciclovia”, na zona Norte/Nascente da cidade, entre a Avenida Laginha Serafim e a Rua Afonso de Albuquerque. A aquisição dos terrenos já teve início, numa altura em que o projeto está já numa fase adiantada.
Na área da saúde, em fase de conclusão do projeto e praticamente a arrancar o concurso púbico, está outra obra estruturante para a cidade: uma unidade de saúde que irá integrar o agrupamento de Centros de Saúde Central – ACES Central, Unidade de Saúde Familiar Lauroé – USF Lauroé, Unidade de Cuidados de Saúde na Comunidade – UCC Gentes de Loulé e Centro de Saúde Universitário. Dos 3,7 M€, uma parte - 1,3M€ - é despesa do Ministério da Saúde já aprovada, como explicou Vítor Aleixo que frisou o facto de tratar-se de “um equipamento fundamental e muito necessário na cidade”.
A “Cidadela da Segurança e Proteção Civil de Loulé” é outro dos projetos muito aguardados já que irá reforçar o papel central da cidade no contexto da região nestas matérias. No próximo dia 2 de março serão inauguradas as instalações do CREPC – Comando Regional de Emergência e Proteção Civil, um investimento de 900.000,00€, enquanto que o CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes) regressa ao Algarve e ficará localizado nas instalações do INEM que irão funcionar nesta Cidadela. Em breve será aberto o concurso para esta empreitada cujo investimento deverá rondar 1,5M€.
Também em termos de parcerias para a área da segurança – “um pilar fundamental de um Estado democrático” - , o autarca Vítor Aleixo falou do investimento realizado no Posto de Destacamento Territorial de Loulé, primeiro com os arranjos nas cavalariças (40.000,00€) e agora com a melhoria do próprio edifício.
Dentro de dias arranca a obra de musealização dos Banhos Islâmicos de Loulé (1.300.000,00€), “únicos no país e os melhor conservados da Península Ibérica” e que, como sublinhou o responsável municipal, “serão um ex-líbris desta cidade”.
Mas na área da cultura outro projeto de grande vulto vislumbra-se: o Quarteirão Cultural. “Posso garantir-vos que Loulé vai ficar no mapa, muitos turistas irão acorrer à cidade para visitar o nosso Quarteirão Cultural”, disse Vítor Aleixo.
Dentro de dias arranca o Parque de Estacionamento da Cássima, localizado num terreno municipal junto os serviços de Segurança Social, que permitirá criar 200 lugares de estacionamento para veículos ligeiros, lugares destinados a pessoas com mobilidade reduzida e zona de estacionamento de motociclos e bicicletas. Este investimento de 435.000,00€ vem dar resposta a uma necessidade premente no perímetro urbano.
Com estes projetos, o executivo pretende prosseguir a sua política para um território mais coeso, inclusivo, sustentável e competitivo.
Mas na celebração do 32º aniversário de elevação de Loulé ao estatuto de cidade, o presidente da Câmara Municipal de Loulé sublinhou o “momento vibrante da vida da cidade”. “Loulé soube conciliar a tradição e as marcas do passado, com a modernização e a adaptação às novas necessidades da sociedade. É uma cidade com alma, com valores e princípios, onde as pessoas participam ativamente nas suas diversas dinâmicas, sejam elas políticas, sociais, culturais ou desportivas. Cidade inclusiva, que se preocupa com todos os seus residentes. É uma cidade bonita equilibrada, atrativa, dotada de serviços fundamentais para os cidadãos e para os turistas que a visitam.”, considerou ainda.