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Centro Artístico de Famalicão e lusodescendentes homenageiam Fernão de Magalhães
Sob a orientação do centro artístico famalicense A CASA AO LADO, os lusodescendentes e a população local a residir no Bairro Português em Malaca (Malásia) vão, este fim de semana (7 a 9 de fevereiro), prestar homenagem ao navegador Fernão de Magalhães, através de uma pintura mural baseada na azulejaria portuguesa a realizar num muro com 10 metros de comprimento por 3 metros de altura, situado no centro do Bairro Português em Malaca.
Designado “Um TRAÇO por Magalhães”, o projeto desenvolvido pelo centro artístico A CASA AO LADO, em parceria com a Associação Coração de Malaca, o Instituto Camões e o Movimento Internacional Lusófono (MIL), surge no âmbito das comemorações do quinto centenário da Primeira Volta ao Mundo, tendo como missão deixar uma “marca” da identidade portuguesa em diferentes comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.
“Além de ajudar a requalificar o património municipal e local, a intervenção artística a realizar no Bairro Português em Malaca tem como objetivo criar um polo de referência turística que integre os roteiros da arte urbana do próprio bairro”, explica Joana Brito, diretora artística d’A CASA AO LADO.
“Com este projeto pretendemos também ajudar a potenciar o empreendedorismo local, ensinando os participantes a produzir peças artesanais através de técnicas simples de reprodução gráfica, tirando assim partido da imagem criada no mural artístico, para que posteriormente possam vender as peças a turistas”, reforça Joana Brito.
A mesma responsável considera que “o facto de este projeto de arte urbana envolver a participação ativa da comunidade local proporciona não apenas o acesso à experimentação artística a jovens com condições socioeconómicas vulneráveis, mas também a integração de jovens em risco de exclusão social e o desenvolvimento da consciência cívica, pela promoção da cidadania e participação na comunidade”.
Ainda no âmbito do projeto ‘Um TRAÇO por Magalhães’, refira-se que A CASA AO LADO já realizou, nos últimos meses, intervenções semelhantes (pinturas murais) em Portugal, envolvendo as comunidades locais em Matosinhos, Leça da Palmeira e Ponte da Barca.
Recorde-se que, em maio do último ano, A CASA AO LADO envolveu cerca de 150 emigrantes e lusodescendentes a residir no bairro nova-iorquino do Soho na criação de um vitral baseado nos padrões da azulejaria portuguesa, num projeto integrado no evento ‘Portugal in Soho’, organizado pelo Arte Institute, e que marcou o arranque do processo de internacionalização d’A CASA AO LADO.
Vocacionado para procurar o envolvimento em projetos que, partindo de uma educação/formação artística de base, permitam assegurar o cunho artístico interventivo nas comunidades, consagrando a sua marca e primando pela autenticidade, o centro artístico A CASA AO LADO foi fundado em 2005, em Vila Nova de Famalicão, pelo traço dos artistas plásticos Joana Brito e Ricardo Miranda, integrando desde 2018 a rede de Clubes UNESCO no campo da intervenção e criação artística.
Para 2020, A CASA AO LADO tem já asseguradas intervenções artísticas a realizar em conjunto com as comunidades portuguesas a residir em Cabo Verde, na cidade da Praia, e no Brasil, em Brasília, ao abrigo de uma parceria com o Movimento Internacional Lusófono (MIL), um movimento cultural e cívico internacional que visa a promoção da cultura lusófona no mundo.