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Associação Yehudy Menuhin Portugal celebra 20 anos
A Associação Yehudy Menuhin Portugal celebrou os seus 20 anos de existência com um jantar que reuniu os colaboradores envolvidos nas atividades que têm-se realizado em diversos concelhos: Évora, Leiria, Lisboa, Matosinhos, Porto, Odemira, Oeiras e Vila Nova de Gaia.
A Associação Yehudi Menuhin Portugal desenvolve no nosso país um conjunto de atividades com dois objetivos essenciais. Por um lado cumprir e honrar a memória de um dos maiores génios da música do século XX e por outro apoiar o desenvolvimento educativo de crianças que se debatem com problemas de integração cultural e linguística e que em simultâneo pertencem a meios sócio económicos desfavorecidos.
Conheci o Maestro Menuhin durante a minha passagem pelo governo entre 1995 e 1999 e tive nesse período o privilégio de privar com um dos muito poucos verdadeiros génios que encontrei ao longo da minha vida.
Yehudi Menuhin era uma figura ímpar e única cujo legado nós temos a obrigação de honrar.
Todo o trabalho que vem sendo realizado pela nossa associação deve-se essencialmente aos professores e animadores que nas escolas e ao longo dos sucessivos anos letivos desenvolvem uma ação continuada de dinamização nas diferentes áreas de atuação do projeto MUS-E.
Os resultados alcançados têm excedido as nossas expectativas e portanto devemos orgulhar-nos do trabalho realizado durante estes primeiros vinte anos de existência da associação.
Este é assim um tempo de celebração mas ao mesmo tempo um momento para encarar o futuro com determinação para tentarmos fazer mais e melhor em prol daqueles que mais necessitam do contributo da Associação Yehudi Menuhin Portugal.
Eduardo Marçal Grilo
Presidente de Assembleia Geral da AYMP
MEMÓRIA DE YEHUDY MENUHIN
Ao assinalarmos o aniversário da Associação Yehudy Menuhin Portugal, importa antes do mais lembrarmos a memória de quem lançou este extraordinário projeto que procuramos pôr em prática em cada dia, fieis ao espírito de quem acreditou sinceramente na força das Artes como fator de inclusão social, de promoção do sucesso educativo, de conhecimento, de solidariedade e de justiça. Temos na memória o dia em que, com Helena Vaz da Silva e Eduardo Marçal Grilo, na Escola número 1 de Algés, tudo verdadeiramente começou, nas imediações da Pedreira dos Húngaros. Perante a alegria dos alunos e dos seus educadores e professores, o Maestro Menuhin batia o compasso, com uma extraordinária felicidade espelhada no rosto e nos seus olhos. Mas a lembrança desse momento constitui uma grande responsabilidade para todos nós, uma vez que somos legatários de uma herança espiritual, de quem, sendo um génio, desde os tempos em que foi um prodígio, por todos saudado e reconhecido, não quis deixar-nos fisicamente sem nos pedir um compromisso, o de continuar a fazer das Artes um fator de melhor aprendizagem e de mais justiça. E assim neste momento, agradecemos a todos quantos tornaram possível este projeto, e exprimimos o mais vivo empenhamento na sua continuidade e no seu fortalecimento. Só assim poderemos ser dignos do compromisso que então assumimos perante um grande Mestre, que continua a ser um exemplo vivo da cultura de paz e da força fantástica da criação artística como modo de nos tornarmos melhores e mais humanos.
Guilherme d’Oliveira Martins
Presidente da Direção da AYMP
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