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Centro de Educação e Cultura de Quarteira para integrar escola pública para ensino da dança
Projeto vencedor foi apresentado e vai estar em exposição, na Galeria de Arte da Praça do Mar, juntamente com as restantes 28 propostas apresentadas.
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Depois da criação da primeira escola pública do ensino integrado da música a sul de Lisboa, instalada desde 2018 no Conservatório de Música de Loulé - Francisco Rosado, o concelho de Loulé pretende ter uma escola para o ensino da dança pertencente à rede pública, que fará parte do futuro edifício do Centro de Educação e Cultura de Quarteira. O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, no passado sábado, durante a apresentação pública dos projetos e entrega de prémios ao vencedor e distinguidos no concurso de conceção deste projeto estruturante.
“Rapidamente percebemos que um centro cultural, por si só, era insuficiente. Quarteira precisa igualmente de alargar a sua oferta no campo do ensino público e, depois do sucesso em Loulé com o Conservatório de Música de Loulé – Francisco Rosado, surgiu a ideia de criar aqui uma estrutura que existe tão pouco no nosso país - uma escola pública para o ensino da dança. Percebemos que era uma oportunidade que não podíamos perder”, considerou o autarca, sublinhando o fato de “não se tratar de uma escola convencional, mas de um espaço direcionado para o ensino de uma disciplina artística e criativa”. Para o presidente da Câmara, sendo Quarteira uma cidade cosmopolita, um verdadeiro caldo social e cultural, com gente de várias geografias”, constitui o local ideal para esta aposta.
Esta escola será uma das valências deste equipamento que pretende trazer uma nova centralidade à cidade, ao concelho e à região, sob o chapéu da cultura. Após um concurso público de conceção para a elaboração do projeto deste Centro de Educação e Cultura de Quarteira, promovido pela Autarquia e com a preciosa consultadoria da Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitetos, elogiado por todos os intervenientes pela qualidade dos participantes e dos moldes de realização do mesmo, o conceituado júri composto por especialistas de várias áreas como o arquiteto Gonçalo Byrne, o coreógrafo Rui Horta, e, entre outros, personalidades da programação cultural e da educação, Manuel Rocha, José Bastos e João Aidos, decidiu “por clara unanimidade” atribuir o 1º lugar ao arquiteto Pedro Domingos.
Como explicou Gonçalo Byrne, responsável pelo projeto do Teatro das Figuras em Faro, “além dos edifícios, a proposta vencedora cria um sítio, um lugar de referência” e tem como ponto central um jardim interior, na tradição árabe que ficou bem patente no Algarve, sendo a construção proposta “pragmática e económica, que responde de uma maneira muito certeira e inteligente a todas as preocupações da sustentabilidade já que aproveita os benefícios do clima do Algarve, de sombreamento e ventilação natural”.
Para o autor da proposta vencedora, Pedro Domingos, para além dos utilizadores do edifício, pretende-se que este seja um projeto à escala da cidade e que, para além do grande auditório, blackbox (sala experimental), escola de dança e, futuramente, biblioteca, o mesmo constitua “um espaço público que possa ser para todos e que tenha uma utilização autónoma da própria utilização do Centro, em particular o jardim mediterrânico, como lugar central das construções neste clima temperado em que a sombra, a vegetação e a água são pontos de prazer e de partilha”.
Este arquiteto sublinhou ainda a importância deste Cento, que ficará implantado num terreno junto à Avenida Papa Francisco, na zona norte da cidade, porquanto permitirá fazer a ligação entre o litoral e a zona mais interior de Quarteira.
Já o experiente arquiteto Gonçalo Byrne acredita que este equipamento será um polo de cultura, agregador e dinamizador da própria cidade”. “Este tipo de equipamentos, uma vez feitos, alteram a qualidade de vida dos sítios onde são criados porque abrem oportunidades, dispõem de condições para colocar a própria vida das cidades a um nível que até aí era um pouco desconhecido”, considerou este membro do júri.
Da mesma opinião é Vítor Aleixo que, ao longo dos anos, no exercício das funções de autarca, tem acompanhado o desenvolvimento da cidade de Quarteira. “Este é um projeto que vai marcar a cidade de Quarteira, que traz modernidade. Nos últimos anos, fruto do trabalho regular de todos executivos municipais, Quarteira tem melhorado muito a sua imagem aos olhos do país e este projeto vai dar a possibilidade de dar um salto enorme nesse mesmo sentido”, reiterou Vítor Aleixo.
O presidente do Município de Loulé falou ainda de mais dois importantes investimentos em curso na cidade de Quarteira que tornarão esta uma cidade de referência de futuro: a reabilitação da Escola EB 2,3 D. Dinis, onde os trabalhos estão a decorrer a bom ritmo, e o Mercado Municipal, cujo projeto está neste momento a ser alterado e adaptado em virtude de um estudo levado a cabo pela Universidade de Lisboa que faz uma projeção da subida média do nível da água do mar.
Quanto ao Centro de Educação e Cultura de Quarteira, depois deste primeiro passo com a aprovação do projeto vencedor, decorrerá um ano para o projeto de especialidades até porque, como frisou Vítor Aleixo, trata-se de uma obra “muito sofisticada do ponto de vista técnico e tecnológico”. Só depois virá a abertura do concurso para a empreitada propriamente dita.
Entretanto, e até 11 de janeiro, todos os interessados poderão visitar a exposição, na Galeria de Arte da Praça do Mar, dos 29 projetos concorrentes ao concurso público de conceção para a elaboração do projeto do Centro de Educação e Cultura de Quarteira, entre os quais a proposta vencedora.