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Menina Colina Guest House
150 anos de história ganham nova vida no centro do Porto
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
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Vista de fora é uma casa da baixa portuense com muitas janelas. Quando se entra, a magia acontece. Menina Colina é uma nova Guest House no Porto que consegue combinar 150 anos de história com conforto e modernidade. Guy Lehmann, um dos quatro sócios do espaço, diz que «antes de entrar, parece uma casa normal, mas depois de entrar é de tirar o fôlego. Temos aqui uma casa muito especial». Guy e os seus sócios, todos alemães, apaixonaram-se pelo Porto e cedo decidiram que queriam contribuir para a reconstrução da cidade. Assim, depois de visitarem mais de 60 casas, encontraram a tal: «Esta casa pertencia a uma família portuense que decidiu na altura sair do centro da cidade. Esteve fechada cerca de 30 anos, mas estava muito bem conservada e sentimos logo que era esta».
Guy Lehmann, carpinteiro, Julia Bargholz, arquiteta, Maria Leiterholt e Hinrich Balsters, ambos engenheiros agrónomos, são os quatro alemães do Norte que deram vida a este projeto. «Quisemos preservar a casa ao máximo, mantivemos a traça original, o alto pé-direito, as paredes, as tábuas compridas do soalho, o trabalhado do estuque, as cores, o mármore fingido… E tornamos a casa mais confortável e moderna com tecnologia, decoração e um sistema de aquecimento embutido no chão», explica Guy Lehmann. O objetivo é proporcionar aos hóspedes «uma aventura, uma viagem no tempo, uma estadia muito agradável e a possibilidade de desfrutar de beleza, tranquilidade e cultura», sublinha.
O nome Menina Colina começou por ser uma escolha pela sonoridade do nome. E depois não o conseguiram largar. Menina talvez porque esta casa seja um convite a um novo olhar, um olhar inocente como o de uma criança. Colina porque a casa se ergue no meio da cidade. Comecemos então pelo terceiro andar onde está o quarto CÉU e onde as estrelas pintadas à mão brilham no teto alto. Era uma antiga capela surpreendente que tinha um papel de parede azul com estrelas pintadas. Tiraram o papel e mantiveram o céu. No mesmo andar há também o quarto POENTE e o apartamento ALVORADA. No segundo andar o quarto BORBOLETA tem uma réplica do papel de parede original cheio de borboletas. Neste andar encontramos também os quartos CAMÉLIA, ESTRELA E RUBI. Existem ainda os quartos MUSGO e TERRA no primeiro andar. Há três quartos com casas de banho em forma de cubo e a altura não chega ao teto precisamente para se poder contemplar o pé direito alto. A casa conta assim com nove suites. Seis com varandas generosas com vista para o grande jardim com fileiras de camélias e uma palmeira centenária. Três com vista de rua para o Hospital de Santo António, o Palácio da Justiça e um bocadinho da Torre dos Clérigos. «Apesar do movimento durante o dia, graças a uma fantástica obra de isolamento, não se ouve nada», afirma Guy Lehmann. Dentro da Menina Colina reina a paz. Há ainda uma sala da música cheia de charme e cultura onde se podem fazer festas privadas, palestras e formações. Para breve, talvez na primavera ou no verão, faz parte dos planos abrir um bar aberto a hóspedes e a visitantes. A Menina Colina Guest House está a 20 minutos a pé da Ribeira e a 10 minutos a pé da Avenida dos Aliados. O Museu Nacional Soares dos Reis, o Palácio de Cristal e as Galerias Miguel Bombarda estão ali bem perto.
Um dos rostos da Menina Colina é Maria Vítor Mota, a gerente do espaço, mais conhecida como Mavi. Nascida e criada no Porto, com uma vasta experiência em hotelaria, recebe os hóspedes com o seu sorriso- Ela e um staff de mais sete pessoas tratam de garantir que a experiência na casa e na cidade é inesquecível. Mavi considera que o mais especial da casa é o espírito que se mantém graças «à forma como foi feita a reabilitação do espaço com muito cuidado, com paixão e com grande respeito pelas pessoas, pela casa e pela cidade». Para além disso, vê a Menina Colina como uma casa de relações entre as pessoas e das pessoas com o espaço: «É muito bom estar aqui dentro. Os espaços são muito convidativos, há uma boa relação entre todos e acho que isso transmite uma característica do Porto – a forma familiar de receber e o espírito de proximidade. E foi isso que no fundo apaixonou os proprietários na nossa cidade». Mavi deixa um convite: «A nossa casa está aberta à cidade, fazemos muito gosto em receber cá os nossos vizinhos, habitantes ou comerciantes, a quem mostramos a casa sempre que nos baterem à porta».