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O regresso de Isabel Allende ao Chile em Longa Pétala de Mar
Num muito aguardado regresso à ficção histórica e também ao conturbado passado recente do Chile, tema do aclamado A casa dos espíritos, a autora mostra-se no auge das suas capacidades narrativas.
Numa viagem pela História do século XX, Allende transporta os leitores num percurso que começa com a vitória iminente dos franquistas na Guerra Civil Espanhola, no final da década de 30, até ao final dos anos 90 e com a anunciada perseguição aos republicanos, derrotados na contenda.
Roser Bruguera, uma jovem viúva, e Víctor Dalmau, irmão do falecido marido de Roser e médico, são dois dos rostos da perigosa fuga da Guerra Civil Espanhola, que os leva através dos Pirenéus até França. Numa Europa em erupção, decidem arriscar e embarcar num navio fretado pelo cônsul chileno em Paris. Do porto de Trompeloup, Roser e Víctor fazem-se ao mar no Winnipeg, rumo ao Chile, "longa pétala de mar, de vinho e de neve", como o descreveu Pablo Neruda. O poeta e também principal responsável por esta ambiciosa missão humanitária haveria de gravar a importância desta data na História, escrevendo que os críticos poderiam até esquecer toda a sua poesia, mas o poema que ali acontecia ninguém o poderia apagar.
Há oitenta anos, a 4 de setembro de 1939, os refugiados europeus chegam ao Chile e são recebidos como heróis, de braços abertos. Depois da provação do exílio, Víctor e Roser integram-se com facilidade na vida social do país. Décadas em paz terminam com o violento golpe de Estado que o governo de Salvador Allende, amigo e parceiro de xadrez de Víctor Dalmau, precipitando um novo exílio. Mas para onde fugir, se o que se procura já não existe?
Neste regresso à ficção histórica, Longa Pétala de Mar é uma reflexão atual sobre o mundo em que vivemos: sobre o recrudescimento dos totalitarismos e sobre as crises dos refugiados e deslocados causadas pela violência e desigualdades. Um imperdível romance sobre a esperança, o exílio, o sentimento de pertença, o desenraizamento e, inevitavelmente, também sobre o amor.
«Isabel Allende é uma contadora de histórias gloriosa, que escreve com uma compaixão e intuição insuperáveis. O seu lugar enquanto ícone do mundo literário há muito que está garantido. Será celebrada, tanto por leitores como por escritores, ao longo de várias gerações.» — Khaled Hosseini, autor bestseller de The Kite Runner
«Este é um romance não apenas para os fãs de longa data de Isabel Allende, mas também para todos aqueles que pela primeira vez se confrontam com a sua obra. A autora sabe que todas as histórias são histórias de amor, e que as maiores histórias de amor são narradas pelo tempo.» — Colum McCann, escritor, vencedor do The National Book Award com Let the Great World Spin
Sobre o livro
Espanha, final da década de 1930. A vitória iminente das tropas franquistas na Guerra Civil obriga milhares de pessoas a abandonar o país, numa perigosa viagem através dos Pirenéus. Entre eles, Roser Bruguera, uma jovem viúva, e Víctor Dalmau, médico e irmão do falecido marido de Roser. Em França, conseguem embarcar no Winnipeg, um navio fretado pelo poeta Pablo Neruda que transportou mais de 2 mil espanhóis até ao Chile – essa «longa pétala de mar, de vinho e de neve» –, onde são recebidos como heróis.
Víctor e Rosa integram-se com sucesso na vida social do país de acolhimento, durante várias décadas, até ao golpe de Estado que derruba Salvador Allende, parceiro de xadrez de Víctor Dalmau. Os dois amigos de toda uma vida voltam a ser obrigados ao exílio, mas, como diz a autora, «se vivermos o suficiente, todos os círculos se fecharão.»
Isabel Allende propõe-nos uma viagem através da História do séc. XX, pela mão de personagens inesquecíveis que descobrirão que numa só vida cabem muitas vidas e que, por vezes, o difícil não é fugir, mas regressar.
Sobre a autora
Isabel Allende
Nasceu em 1942 no Peru. Viveu no Chile entre 1945 e 1975, com largos períodos de residência noutros locais, na Venezuela até 1988 e, desde então, na Califórnia. Em 1982, o seu primeiro romance, A casa dos espíritos, converteu-se num dos títulos míticos da literatura latino-americana. Seguiram-se muitos outros, todos êxitos internacionais. A sua obra está traduzida em trinta e cinco línguas. Foi galardoada com o Prémio Nacional de Literatura do Chile.
Foi homenageada pelo Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, com a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais importante distinção civil daquele país.