"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

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Germano Silva e as profissões (quase) desaparecidas do Porto

Carquejeiros, santeiros e picas do elétrico em livro que celebra os ofícios que deram à Invicta o epíteto de "Cidade do Trabalho".


A Porto Editora publica Porto, Profissões (quase) desaparecidas, o mais recente livro de Germano Silva, jornalista e incontornável cronista da história e das histórias do Porto.

É de ofícios ou mesteres que se preenchem as páginas desta obra. Dos desaparecidos (ou quase) e dos que já fazem parte da toponímia da cidade (como na Rua dos Caldeireiros). De alfaiates, vendedores ambulantes de gravatas e carvoeiros; das fortes carquejeiras, que percorriam uma verdadeira via dolorosa para que as fornalhas das padarias e o aquecimento das casas pudessem funcionar, aos ardinas que vendiam o Notícias e o Comércio com os seus pregões, este é um livro de homenagem aos trabalhadores que deram ao Porto o título popular de “Cidade do Trabalho”.

Repleto de gravuras, ilustrações e fotografias, Germano Silva apresenta oito ofícios com normas muito próprias (como organização em confrarias ou irmandades e culto ao respetivo padroeiro) e mais de 20 profissões que fizeram parte da vida do Porto e que já desaparecem (ou quase) do quotidiano da cidade.

Sobre o livro

“Quem merca penca ou tronchuda!” 
“Olha o Notícias, já traz o crime!”
“D’agora viva…! É do nosso mar!”
“Ó freguesa, não quer levar?”

No Porto de outros tempos os pregões reboavam pelas ruas, pintando um quadro típico da azáfama da cidade. Muitos conhecem o epíteto “Porto, capital do trabalho”, poucos conhecerão os ofícios que lhe deram origem... Este meu livro relembra e dá a conhecer alguns dos ofícios que ocupavam as gentes do Porto, uns entretanto desaparecidos, outros adaptados aos tempos modernos. A todos pretende render homenagem.

Nestas páginas, o leitor vai também descobrir porque é que as carquejeiras merecem uma estátua, que truque usavam as leiteiras para rentabilizar o negócio, ou porque é que os moleiros eram mal vistos pela Igreja. Estas e muitas outras curiosidades de ofícios desconhecidos ou quase desaparecidos que fazem parte da história da cidade. 

Sobre o autor
Germano Silva
Nasceu em Penafiel em 1931, mas mudou-se com a família para o Porto, com apenas um ano de idade. Aqui cresceu, estudou e trabalhou toda a sua vida.

Chegou ao Jornal de Notícias em 1956, como colaborador desportivo, e foi aí que se tornou jornalista, tendo sido, sucessivamente, estagiário, repórter informador, repórter, redator e chefe de redação. Aposentou-se em 1996, mas mantém-se ligado ao JN.

Continua a organizar regularmente passeios guiados pelo Porto – é comum vê-lo a percorrer as ruas da cidade seguido de centenas de pessoas.

Em 2015 recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade do Porto e em 2017 foi agraciado com a Ordem de Mérito, grau de Comendador, pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa.

Germano Silva é um dos maiores conhecedores do Porto e das suas histórias. E é, acima de tudo, uma amante da sua cidade.
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