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Festival Todos faz a festa na Graça para “avizinhar” o mundo

A partir de 19 e até 22, o bairro da Graça vai encher-se de teatro, música, dança, novo circo, comidas do mundo, conversas, visitas guiadas. É o Todos na sua 11ª edição.

A Rapariga Mandjako, de Rui Catalão e Joãozinho da Costa DR


Tornar os vizinhos mais próximos, morem eles do outro lado da rua, do outro lado do rio ou do outro lado do mar – “avizinhar o mundo” é o lema da 11ª edição do Festival Todos – Caminhada de Culturas, organizado pela Câmara Municipal de Lisboa e a Academia de Produtores Culturais, que começa no dia 19 e se prolonga até 22 no bairro da Graça, em Lisboa.

É por aí, da Rua Voz do Operário e do Campo de Santa Clara ao Largo da Graça, passando pelo miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen, a Rua da Graça e o Jardim da Cerca da Graça, que vão passar espetáculos de teatro, dança, música, visitas guiadas, exposições, cinema e muitos encontros à volta de comidas do mundo.

 O Teatro O Bando, vindo de Palmela, é a estrutura convidada desta edição e propõe-se juntar as comunidades do bairro da Graça com grupos da periferia urbana “partilhando as suas formas de resistência e festa” através de vários espetáculos que têm como tema a água – “A Água. A Viagem. A Mãe. Os Muros”.

O mundo vai chegar à Graça através de sotaques e sabores vindos de muito longe – na música, por exemplo, Capicua junta-se à lusa-cabo-verdiana Sara Tavares e à luso-angolana Eva RapDiva no espetáculo Capicua e Mulheres da Lusofonia (dia 21 às 22h n’A Voz do Operário); no dia seguinte (22 às 18h30 no Panteão Nacional) a Orquestra de Macau, com os seus 75 músicos, apresenta um repertório de música ocidental.

Também a Orquestra Todos estará presente, como sempre, mas desta vez apresentando uma “nova formação, novo repertório e uma nova sonoridade”, a descobrir no dia 19 às 21h30 no Claustro da Igreja da Graça.

Ainda na música, o bar/restaurante e sala de concertos Damas, um dos locais mais dinâmicos do bairro, apresenta uma programação especial para os dias do festival com concertos sempre depois das 23h – Japo, Juana na Rap, Oblivia, Rita Só, Nacha Mendez e RS Rinchoa Stress – Príncipe Discos. Da mesma forma, o Má Língua terá uma programação especial – Mr. Góis & Maria, Mick Mengucci, Malenga, Synik, Arrlomp, Mariana Badan e De Vibe – nos quatro dias a diferentes horas da noite.

O Novo Circo traz, desta vez, Smashed (Esmagado) com os britânicos da Companhia Gandini Juggling (21 às 16h30 e às 19h no Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen, um espetáculo inspirado no universo de Pina Bausch, com “100 maçãs, bules, taças de chá e muita música”.

Entre as propostas de teatro surge A Rapariga Mandjako, do encenador Rui Catalão e de Joãozinho da Costa, jovem guineense do Vale da Amoreira – será nos dias 19 e 21 às 20h e no dia 20 às 21h na Escola Básica de Santa Clara, no Campo de Santa Clara.

Para quem não conhece bem a Graça, ou para quem pensa que conhece, mas ainda não descobriu tudo, há visitas guiadas, por exemplo ao Chão do Exército no Campo de Santa Clara (dia 20, 14h30 com ponto de encontro no Palácio dos Marqueses do Lavradio, o antigo Tribunal Militar), esta conduzida por “oficiais e cavalheiros” e que termina na Sala dos Gessos, onde se encontram os moldes de muitas das estátuas que vemos na cidade. Outra proposta, entre as várias que são apresentadas, é a de explorar o Panteão Nacional e ver Lisboa a partir do zimbório, o seu ponto mais alto.

E, como sempre acontece, há comida, muita e variada – nos dias 20, 21 e 22 entre as 19h e as 23h, a Viagem no Prato traz sabores do Brasil, China, Índia e África ao quiosque do Jardim da Cerca da Graça, gerido pela Cozinha Popular da Mouraria. Haverá uma salada de fruta comunitária em que cada um é convidado a participar com uma peça de fruta.

O Todos propõe ainda uma oficina de cozinha vegan (21 às 11h no Claustro da Igreja da Graça), outra de fermentados (dia 22 às 11h no Espaço Heden), um encontro para partilha de receitas de lugares tão diferentes como Angola, Bangladesh, Brasil, Cabo-Verde, China, Guiné, Índia, México ou Venezuela, trazidas “imigrantes, migrantes e refugiados”.

E, para uma experiência de ainda maior proximidade, pode-se ir até à Casa da Edna para experimentar a sua comida angolana (21 almoço e jantar e 22 só almoço, 10€); e para os fãs da comida brasileira abre-se a cozinha da D. Gilda para dois jantares (21 e 22 no Maria Pia Sport Club, 10 €) de gastronomia mineira.

Estas são apenas algumas das propostas do Todos para “avizinhar o mundo”. A programação traz muitas outras, que podem ser conhecidas em www.festivaltodos.com.


por Alexandra Prado Coelho in Público | 16 de setembro de 2019
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público

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